001 Dois momentos. Memórias
menos gratas para a I e II Repúblicas que, contudo, preservam. Alguns
símbolos do passado mantiveram-se na paisagem urbana. Veja marco postal do lado esquerdo.
Lado direito. – marco dos anos 40. É possivel que ainda haja alguns nas ruas de Portugal.
Lado direito. – marco dos anos 40. É possivel que ainda haja alguns nas ruas de Portugal.
As situações de instabilidade
política, social e económica; o contexto internacional da grande depressão de
1929, bem como os confrontos ideológicos que levam à guerra civil espanhola
e contribuem, directa ou indirectamente, para a implantação do Estado Novo.
002 Heliografia morse.
Tanto a I República quanto
a Ditadura Nacional, pós 28 de Maio de 1926, procuram apoio nas relações
internacionais. Nesta óptica surgem os acordos que levam à criação da Companhia Portuguesa Radio Marconi, em
1925, para a comunicação com o mundo, através da telegrafia sem fios, bem como
ligações telefónicas, a começar entre Lisboa
e Madrid, em 1928.
003 Lanternas de sinais
morse.
Desde o início, o Estado
Novo procura, a par da reorganização das finanças públicas, o desenvolvimento
das infraestruturas. Se a introdução da televisão foi algo tardia (1957), já
nas restantes telecomunicações, nomeadamente a rádio, a
telegrafia sem fios, a
radiotelefonia e a radiodifusão
são introduzidas e desenvolvidas no tempo oportuno, em relação com o exterior
e com o desenvolvimento do país.
004 Rede de pombais de
comunicações militares.
O Estado chama ao
seu controle e propriedade, os meios de comunicação. Assim, em 1935 é
inaugurada a Emissora Nacional. Os CTT – Correios Telégrafos e Telefones
iniciam a partir de 1937 a construção de vários edifícios pelo país.
005 Guglielmo Marconi com uma comunidade de técnicos de Alfragide/Oeiras e damas portuguesas
Em 1936
é criado o Instituto Superior Técnico
que vem lecionar matérias atinentes às telecomunicações, algumas das quais
fazem parte do ex Instituto Industrial
de Lisboa, situado nos espaços onde hoje tem sede a Fundação Portuguesa das Comunicações e o Museu.
006 Telégrafo / telefone
combinado (conceito de dois em um). Construído com inovação nas Oficinas de Material de
Guerra da República Portuguesa. Relaciona-se com o CEP – Corpo Expedicionário
Português
Em 1940, a exposição do pavilhão das comunicações dos
CTT, APT e Marconi destaca-se na área das ciências e das técnicas. Ainda neste
ano é assinado um convénio com a CPRM, para facilitar as comunicações com os
territórios ultramarinos portugueses.
007 Central Telegráfica de Lisboa operando maioritariamente com telégrafos Hughes, modelo piano transmissor.
Lisboa e Porto deixam de
ter o exclusivo da atenção no que respeita à telefonia. Assim, em 1942, começa
o serviço automático no grupo de redes de Coimbra.
Em 1945, o velho sistema
telegráfico morse a funcionar em quase todo o território (comarcas e concelhos)
assiste à introdução das redes de teleimpressores, vulgo gentex/telex. Em 1946 as comunicações, em que se inserem os CTT,
são tuteladas pelo Ministério das Comunicações.
007 Técnicos de Instalações Exteriores (vulgo Guarda-Fios) em arranjo / manutenção de linhas de alta frequência.
Em 1950, as coroas
territoriais de Lisboa e do Porto têm um milhão de telefones e em 1952 é
possível falar ao telefone via rádio, de Lisboa, até Goa.
Em 1956, as inovações e a
indústria portuguesa de telecomunicações começam, paulatinamente, a cobrir o
território nacional. Vilas e muitas aldeias das províncias começam a
ter serviço telefónico.
Em 1964 Portugal comunica
com a Europa e Estados Unidos, inclusivamente com a transmissão de imagens via satélite Intelsat. Em 1969
novos cabos submarinos possibilitam melhores comunicações internacionais.
009 Boletineiros para
entrega de telegramas nas residências e escritórios.
Em 1972 o GECA (Grupo de
Estudos de Comutação Automática) reestrutura-se e recebe a designação de CET
(Centro de Estudos de Telecomunicações) e, além de continuar a inovar e apoiar a
indústria portuguesa, dá também o impulso decisivo para a criação da Universidade de Aveiro que, por sua
vez, passa a ser parceira no desenvolvimento das tecnologias de comunicações.
Palavras-chave: I
República, CET – Centro de Estudos de Telecomunicações, correios, telecomunicações,
Estado Novo, história, Portugal, Universidade de Aveiro
Fontes:
-ANCIÃES,
Alfredo Ramos – “Da história das telecomunicações na I república”; “Da história
das telecomunicações no Estado Novo (1926-1974)”; ”Da História das telecomunicações
na Democracia (1974-2010)” in Fundação Portuguesa das Comunicações; Alfredo Anciães;
Alva Santos; Cristina Weber; Isabel Varão; Joel de Almeida; Júlia Saldanha; Margarida
Mouta e Ricardo Cordeiro. Lisboa: Fundação Portuguesa das Comunicações, [2010]
-ANCIÃES, Alfredo Ramos – “Expo temporária.- destaques
dos 100 Anos de Comunicações na República”. Guia para-catálogo do Património Museológico
da Fundação Portuguesa das Comunicações. FPC, 2010
-Imagens
gentileza: Fundação Portuguesa das Comunicações / CDI / Museu / Património
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