segunda-feira, 27 de julho de 2020

HOJE, 27.07.2020 E ESTA SEMANA DEVERIA EVOCAR-SE O JUBILEU DA MORTE DE SALAZAR

(Uma das legendas que figuram junto à sepultura de Salazar. Aqui é evocada uma razão, em nome de milhões de Portugueses. Cada um fará, hoje, e nos tempos que se seguem a sua própria interpretação. Que o Altíssimo perdoe a todos os que já partiram)
O dia / semana em que faz 50 anos que deixou este Mundo. Por esta data tão redonda, em teoria deveríamos estar a celebrar com pompa e circunstância a memória de alguém que governou Portugal durante 40 anos, tendo recuperado o País de um grande atraso económico e devolvendo-lhe segurança. Só que, com Salazar, tudo foi relativo. A segurança não foi para todos, a economia e educação também não foram. E com pena minha; não me apetece escrever muito mais sobre o assunto.


O museu que há muito lhe pensam dedicar não tem tido permissão por parte da Assembleia por ser contestado (e acho bem) por muitos portugueses. Todavia penso que não se deve tentar impedir um museu que trate do Estado Novo e da época em que Salazar exerceu o poder. São dois projetos diferentes.

Neste segundo projeto, que apoiamos, cabe também, a vida, a figura e a política de Salazar. Tudo deve ser tratado, lado a lado, ou em conjunto. Que nos apresentem estas temáticas sem censura nem elogios bacocos.
Esperamos por este segundo projeto, como forma de elevação democrática, onde caberá fazer a defesa do que é defensável e a crítica isenta e sem revanches; ainda que possamos compreender a dor dos próprios e das famílias que sofreram na pele, apenas por discordarem das políticas, quer fossem corretas quer erradas.
 
Palavras-chave: Estado Novo, jubileu, Salazar
 
 
 

 
 
 
 
 

 

 
 
 

 

segunda-feira, 6 de julho de 2020

NÃO ESTAVAMOS MINIMAMENTE PREPARADOS: HÁ 100 ANOS E AGORA

UMA RELAÇÃO ENTRE A PNEUMÓNICA E A COVID-19
(Bandeira da União de Freguesias de Massamá - Sintra. Outrora o "capital" era a água e o trigo, agora terá de ser o conhecimento"
 
Neste momento ainda se faz a História, divulgação e consciencialização da “peste” pneumónica. Muito tarde, em nosso entender, com décadas de atraso. Se a História, divulgação e consciencialização tivesse sido minimamente concretizada, a presente “peste ou doença” Covid-19 não teria as consequências que estão a verificar-se. Dezenas de milhares de mortes poderiam ser evitadas no mundo. Igualmente, na economia, os danos poderiam ser menores.
Porque é que não se fez devidamente essa História, divulgação e consciencialização, de modo a que no presente se tenha de correr, essencialmente, atrás dos prejuízos?
Em nosso entender, as causas começam:
1)Na fuga às memórias (o jargão “é para esquecer”) da dita peste, nomeadamente na não-aceitação das memórias sofridas pelas populações; tanto assim que após a Pneumónica e a I Guerra Mundial: … 
2)Dá-se a “loucura dos anos 20”, isto é, no final das crises procuram-se mudanças de vida que dão, muitas vezes, em excessos de comportamentos, de consequências mais negativas do que positivas: …
a)Mudanças sociais na moda e mentalidades, provocando revoluções liberais;
b)As Sociedades acabam por se cansar dos “loucos anos vinte” que não adotam as medidas económicas e democráticas necessárias.
c)E daí, também, a “Grande depressão de 1929”, os imperialismos, os fascismos e os comunismos, cujos embates acabam por ter consequências na II Guerra Mundial que vem repor no seu final uma outra estabilidade com a criação da ONU.
Nenhum regime no mundo terá feito, até à chegada da Covid-19, o que devia na realização, divulgação e consciencialização histórica.

A quem tem dúvidas sobre esta conclusão, pergunto se no seu sistema de ensino geral lhe ministraram algo de substancial sobre a temática da História da “Pneumónica” e das Mentalidades que provocaram os “Loucos Anos 20”. A nós, que tivemos como formação as Ciências Sociais e a História, não nos ensinaram praticamente nada sobre o assunto.
No entanto a “Pneumónica” - em relação à I Guerra Mundial, aos “Loucos anos 20” e às mudanças de mentalidades - daria temas bem úteis e pertinentes. Na atualidade, com esses saberes enfrentaríamos com devido respeito a Covid-19 e outras pandemias, adotando higienizações e medidas proactivas, sem termos de andar a correr atrás dos prejuízos: -
- Com informações, ora a conta-gotas, ora em massa, por vezes erráticas, desde o início da entrada da doença - muita gente poderia ser salva e a economia não sofreria o que está à vista.
Palavras-chave: História, Introdução à História da Medicina, da Farmácia e do Medicamento, Loucos Anos 20, Pandemia, Pneumónica
Fontes em linha, acedidas em 06.07.2020 :
--ANCIÃES, Alfredo Ramos – Bérgamo(s) Renascimentos e Vitórias https://cumpriraterra.blogspot.com/2020/04/bergamos-renascimentos-e-vitorias.html 
--ANCIÃES, Alfredo Ramos – “Há 101 anos era a pneumónica. Que lição para a atualidade e a Covid-19?” https://cumpriraterra.blogspot.com/2020/03/ha-101-anos-era-pneumonica-que-licao.html
--ANTUNES, Arnaldo; MONTE Marisa; et.al - Covid-19 - in COVID VID-20200426-WA0014
--AUTORIA não legível – “Corona Viruses” - in COVID VID-20200406-WA0001
--CURY, Augusto; EMOCOMPSI “Foi necessário um vírus para desacelerar o Planeta e ele veio por uma bofetada na nossa cara” - in COVID VID-20200402-WA0003004
Fontes – em livros:
--NETO, Filipe; Davis West Childrens`s Books et al. “Há 100 anos 1900-20. Linho e Renda. Duas décadas. O que aprendeu o Homem e a Sociedade … Espanha: 2003





 

 

quarta-feira, 1 de julho de 2020

JULHO MEMÓRIAS E COMEMORAÇÕES

     

      No mês de Julho destacamos o dia 1 e a primeira semana como data evocativa dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Com efeito faz este ano, meio século (01.07.1970) em que o Papa Paulo VI recebeu os líderes dos movimentos de independência. É, portanto, um jubileu (1970-2020), em se reforça o élan para as independências. Paulo VI, atento aos ventos da História e à promoção das populações recebe, no Vaticano, os representantes dos movimentos para a independência. O acto simbólico foi selado com a oferta de uma cópia da “Encíclica Populorum Progressio (progresso e desenvolvimento dos povos).
Este evento deveria ter mexido com as consciências dos líderes portugueses, mormente António de Oliveira Salazar e Américo Tomás. Nesta altura poder-se-ía ter negociado com pertinência e substância a transição dos poderes para a independência a todas as pessoas nascidas ou que vivessem há mais de meia dúzia de anos nos Territórios e se mostrassem bons cidadãos. A História teria sido diferente. A guerra teria acabado, bem antes de 1974.
Reconhecemos, no entanto, que o esforço de Portugal foi grande durante os anos de guerra. Foi neste período que mais se desenvolveram os territórios, na difusão da língua e na cultura mútua.
Após a segunda Guerra Mundial a tendência da História quanto aos territórios colonizados foi a de devolver às populações locais o destino político como independentes. Portugal deveria ter-se aproximado desse conceito. Muitas vidas e ressentimentos teriam sido poupados.
Julho é também o mês e centenário de -
-Amália Rodrigues; bem como os dias comemorativos:
-da Vacina BCG e do Cooperativismo, 01
-Hospital, 02
-São Tomé, Apóstolo, 03
-Internacional das Cooperativas, 04
-Independência dos EUA, 04
-Mulheres na Marinha, 07
-Mundial da População, 11
-Mundial do Cantor, 13
-Mundial da Liberdade de Pensamento, 14
-Mundial da Proteção das Florestas, 17
-Mundial da Caridade, 19
-Mundial dos Avós, 26
-Mundial da Conservação da Natureza, 28
Palavras-chave: Colónias, Encíclica Populorum Progressio, Independência, Jubileu, Julho, PALOP
 







Fontes:

-ANCIÃES, Alfredo Ramos - “E Criou-se Um Hino no Mar Alto” https://cumpriraterra.blogspot.com/2015/10/54-viagens-pelos-espacos-lusofonos.html

-SOL Semanário et al “Efemérides de 1 de julho de 2020 https://sol.sapo.pt/artigo/701531/efemerides-de-1-de-julho-de-2020

-BELINCANTA, Rafael; Vaticano – “O Papel Fundamental do Papa Paulo VI nas Independências da CPLP  https://www.dw.com/pt-002/o-papel-fundamental-do-papa-paulo-vi-nas-independ%C3%AAncias/a-18305399

-CALENDARR et al - “Calendário de Julho de 2020” https://www.calendarr.com/portugal/calendario-julho-2020/

 

Imagens: Arquivo pessoal AA em Moçambique: Tete, Maputo, Arquipélago de Bazaruto e África do Sul: Kruger Park