segunda-feira, 7 de agosto de 2017

PORQUE INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL É PRECISA


dor, inteligência, espírito, sofrimento Bilhete postal aberto à caríssima Lucinda Reizinho.
Força Lucinda. A luta contra “caranguejos”, como dizes, faz parte da vida, se é que não é uma das partes mais significantes. Porém, esta interpretação só se entende em modo de inteligência espiritual.
Um certo dia, José Tolentino Mendonça (escritor, filósofo e jornalista no Expresso) faz uma peregrinação a Santiago de Compostela e são dele as seguintes palavras:
«Lembro-me que há uns anos, fazendo eu próprio os caminhos de Santiago, encontrei, logo no meu primeiro dia de peregrinação, uns brasileiros sentados na berma a tratar dos pés já meio-desfeitos. Eles devem ter-se apercebido do meu ar apavorado, porque um deles disse-me, com uma tranquilidade que me animou:
É bom gastar tempo a cuidar das próprias feridas.”
Eu ainda não tinha compreendido que era uma das razões principais porque estava ali a enfrentar aqueles cento e tal quilómetros de estrada […]» (a).
Em conclusão: se não aceitarmos, de bom grado, o que nos acontece, aceitamo-lo de mau grado. Ora o bom grado e a inteligência espiritual caminham paralelamente e em frequências idênticas. Ajudam a suportar a dor e o valor do sofrimento e este não será remetido para um vazio.
Na vida só teremos duas hipóteses de escolha: ou aceitamos o presente com elevação ou o aceitamos sem significação. A primeira versão será a que nos dá mais garantias de que: dor e presente, não passarão em vão.
Com a inteligência espiritual vencerás.
Um abraço.
(a) Fonte: MENDONÇA, Tolentino José "O VERBO PARAR" in Revista do Expresso, 24.06.2017                                                                                                                                                                 


169.07.08.2017 Tags: dor, inteligência, espírito, sofrimento

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

BOM PORTO É O MEU PAÍS


Trata-se de uma ideia de combate, a menos que o país dos palpitadores seja o país dos que governaram e legislaram até ao presente …

O nosso primeiro-ministro comentou (03.08.2017) para a comunicação social, acerca do reforço de Sapadores Florestais e da entrega de novos equipamentos. Há, no seu entender, “dois países”: o dos “palpitadores” e o dos “fazedores”.

Trata-se de uma ideia de combate, a menos que o país dos palpitadores seja o país dos que governaram e legislaram até ao presente, onde o nosso Primeiro-Ministro se inclui, em vários governos e no Parlamento.

Até agora (o futuro irá ser diferente?) sempre nos “palpitaram” que as políticas e as medidas eram boas; contudo, muito longe disso. O País podia estar mais povoado, mais produtivo e mais desenvolvido no interior. O que se sabe é que têm gasto os fundos em desenquadradas e/ou pouco eficazes manutenções, deixando para os Bombeiros e as populações, os perigos nos combates aos incêndios e os riscos de vidas e bens.

O nosso Primeiro-Ministro poderia ter acrescentado à sua classificação de palpitadores e fazedores, os itens de sabedores e participantes. Estes sabedores seriam, certamente, as populações locais. Quem está no terreno e disponível deve ser envolvido. De outra forma, continuarão, ironicamente, no jargão popular, as expressões de que “eles é que sabem”, “eles é que têm os livros”.

Também os palpitadores devem ser envolvidos, estejam eles no poder ou em outras funções. Vamos, pois, acrescentar à classificação de palpitadores e fazedores: os sabedores (quem conhece o terreno in situ e a história dos episódios e das áreas ardidas durante décadas, bem como os estudiosos) e participantes locais.

Assim se chegará a bom porto e se prosseguirá em eficazes e eficientes rumos. Não é com meras ironias, quiçá de descarte de responsabilidades e de passa culpas.

168  04.08.2017 Tags: gestão, opinião, ordenamento, política, território

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A VIDA E O USO DA TERRA



Pormenor do farol mais ocidental do continente euro asiático.
Que esta "jangada de pedra" aproxime em cada dia os continentes materiais, científicos e de responsabilidades sociais

Consta nos meios de comunicação dos dias 1 e 2 de agosto de 2017 que a partir destes dias vamos "viver a crédito".

A crédito, porque vamos utilizar meios jazidos, armazenados e granjeados outrora, que farão falta à nossa própria vivência e sobretudo dos nossos descendentes. A responsabilidade é, pois, de todos e, mormente dos poderes e das políticas.

Exemplos:

-Quando se diz que a sardinha está a diminuir e os pescadores confirmam que está a aparecer mais cavala, porque é que continuamos com as manias de fidalguias e rejeitamos este nobre produto para a alimentação?

-Quando as barragens estão em níveis muito baixos, as paisagens a ficar áridas, os animais e a flora a sofrer de míngua, porque é que não se multiplicam as barragens, as represas, as chacras e os canais de distribuição?

-Quando os mares estão mais poluídos de plásticos e a vida marítima mais ameaçada, porque é que não se proíbe o fabrico e uso de sacos de plásticos e outros produtos por materiais biodegradáveis?

-Quando a educação é deficitária, porque não se promove a noção de que há zonas no Globo com excessos de população e que o ser humano poderá circular consciente e responsavelmente para outras geografias contribuindo com conhecimentos e mão-de-obra, segundo as capacidades de cada Ser ciente e responsável?
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167  02.08.2017 tags: recursos, sustentabilidade, terra, vida