quinta-feira, 3 de agosto de 2017

BOM PORTO É O MEU PAÍS


Trata-se de uma ideia de combate, a menos que o país dos palpitadores seja o país dos que governaram e legislaram até ao presente …

O nosso primeiro-ministro comentou (03.08.2017) para a comunicação social, acerca do reforço de Sapadores Florestais e da entrega de novos equipamentos. Há, no seu entender, “dois países”: o dos “palpitadores” e o dos “fazedores”.

Trata-se de uma ideia de combate, a menos que o país dos palpitadores seja o país dos que governaram e legislaram até ao presente, onde o nosso Primeiro-Ministro se inclui, em vários governos e no Parlamento.

Até agora (o futuro irá ser diferente?) sempre nos “palpitaram” que as políticas e as medidas eram boas; contudo, muito longe disso. O País podia estar mais povoado, mais produtivo e mais desenvolvido no interior. O que se sabe é que têm gasto os fundos em desenquadradas e/ou pouco eficazes manutenções, deixando para os Bombeiros e as populações, os perigos nos combates aos incêndios e os riscos de vidas e bens.

O nosso Primeiro-Ministro poderia ter acrescentado à sua classificação de palpitadores e fazedores, os itens de sabedores e participantes. Estes sabedores seriam, certamente, as populações locais. Quem está no terreno e disponível deve ser envolvido. De outra forma, continuarão, ironicamente, no jargão popular, as expressões de que “eles é que sabem”, “eles é que têm os livros”.

Também os palpitadores devem ser envolvidos, estejam eles no poder ou em outras funções. Vamos, pois, acrescentar à classificação de palpitadores e fazedores: os sabedores (quem conhece o terreno in situ e a história dos episódios e das áreas ardidas durante décadas, bem como os estudiosos) e participantes locais.

Assim se chegará a bom porto e se prosseguirá em eficazes e eficientes rumos. Não é com meras ironias, quiçá de descarte de responsabilidades e de passa culpas.

168  04.08.2017 Tags: gestão, opinião, ordenamento, política, território

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