terça-feira, 30 de abril de 2019

"POR TEU LIVRE PENSAMENTO": Subsídio de como se cria um museu nacional tangível e imaterial

Gerar um Museu Nacional não é muito comum.
O primeiro Museu Nacional de Portugal nasce no Palácio Alvor da Rua das Janelas Verdes em Lisboa, na sede do actual Museu de Arte Antiga.
É frequente, a nivel internacional, os museus nascerem após uma exposição de notável referência. O 1º Museu Nacional foi buscar a motivação e a experiência à “Exposição Retrospectiva de Arte Ornamental Portugueza e Hespanhola” em janeiro de 1882. Nesse tempo havia boas relações entre Espanha e Portugal, de modo que o rei D. Luiz e D. Maria Pia se associaram a D. Affonso e D. Maria Christina para tornarem possível a mostra com obras selecionadas dos dois países ibéricos.
Ao acto pouco habitaul de realização de exposições conjuntas entre diferentes países juntou-se o atractivo da novidade e utilização da luz eléctrica. Esta exposição foi uma das primeiras do Mundo a ser iluminada com a nova tecnologia. O para-museu permaneceria aberto à noite e era mais procurado do que de dia. Ao desejo de visitarem a exposição acrescia o fator maravilha, pela novísssima introdução da electricidade. O número de visitantes terá chegado a cerca de sessenta a cem mil entradas, se contadas as muitas borlas de gente do sector, da família e do Regime.
A exposição actual “POR TEU LIVRE PENSAMENTO” vai, também, originar um prodígio raro de criação de um novo Museu Nacional.

Os proveitos destes eventos são praticamente únicos em cada geração, se bem que há gerações que não têm o privilégio de ver nascer um Museu Nacional. Temos, pois, nestas gerações actuais, a sorte de poder assistir ao vivo e acores a este acontecimento, sendo que na actualidade contamos com a informação de que se trata de um feito predestinado. Sabemos, de antemão, que esta exposição vai dar origem ao Museu Nacional da Resistência e Liberdade, ao passo que no século XIX os visitantes da exposição de arte, não sabiam, nem faziam ideia de que ali e dali, do Palácio Alvor, sairia o primeiro Museu Nacional de Arte Antiga de Portugal.

A partir do dia 27 de Abril de 2019 podemos apreciar e questionar, como uma exposição temporária vai dar origem a um museu desta classificação, que verá a plenitude do lançamento no próximo ano, isto é, já em 2020.

Uma oportunidade a não perder este prólogo. (Vi)ver esta notável apresentação destinada a servir de parto a um dos raros museus nacionais. Quemquer que se reveja nos ideais de liberdade não dispensará este início de vida de uma organização destinada à difusão da consciência do livre pensar, de sentinela e de prevenção de eventuais tentativas de retrocesso civilizacional.

É de não perder o ensejo.

Junto apresentamos algumas imagens, recentes e de arquivo, bem assim como uma seleção de documentos introdutórios da autoria da equipa técnica, envolvida neste significativo esforço.

Conhecer o imprescindível, a nível da salvaguarda das liberdades fundamentais do ser humano e do ser português, é o propósito em ação.

Palavras-chave: bem cultural, exposição, memória, museu, Museu Nacional da Resistência e Liberdade, Portugal

Fontes acedidas em Abril, 2019:

 
Créditos imagens: 1 a 4 gentileza da DGPC / Organização da Expo` «Por Teu Livre Pensamento» ;
5 a 24 fotos arq. pessoal a partir de projeções e in loco AA
 
Fontes acedidas em Abril 2019:
 
ANCIÃES, Alfredo Ramos – “Organizações Sociais da Memória: Um Modo Eficiente de Funcionamento” https://cumpriraterra.blogspot.com/2019/03/organizacoes-sociais-da-memoria-e-bens.html

MARQUES, Mariana et al - “E de uma exposição nasceu o primeiro museu nacional” https://www.dn.pt/artes/interior/e-de-uma-exposicao-nasceu-o-primeiro-museu-nacional-9032754.html

PORTUGAL – Direção-Geral do Património Cultural e Comité Executivo do Museu de Peniche – “Museu Nacional da Resistência e Liberdade”; Desdobrável da exposição “Por teu livre pensamento”, 24.04.2019

terça-feira, 23 de abril de 2019

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR ou no conceito mais abrangente – Dia dos Bens Culturais Editoriais


«DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR» ou no conceito mais abrangente – Dia dos Bens Culturais Editoriais.

Nota prévia:

«Caras educadoras leiam, leiam e debrucem-se sobre as páginas com os vossos alunos. Levem-nos a recontar, a continuar as histórias. Façam-nos memorizar lengalengas, trava-línguas, poemas e canções. Dramatizem enredos, encham as paredes de desenhos que os meninos fizeram após a vossa leitura, e o livro deixará de ser apenas um conjunto de páginas unidas por uma capa e fará parte das crianças, da aula, da escola. Não terá limites.» (cf. https://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/paginas-especiais/educacao-pre-escolar/opiniao-pre/dia-mundial-do-livro/ . - o sublinhado é nosso)

«A palavra "livro" tem origem no latim. Vem de "líber", que era o nome dado à membrana que existe debaixo da casca das árvores. Uma espécie de papel primitivo […,] feito com essa membrana. O nome usado no inglês, "book", também tem a ver com árvore. Vem de "bok", palavra de raiz germânica que significa faia, um tipo de árvore.» (cf. http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2012/10/de-onde-vem-a-palavra-livro ).

O livro é «[…] obra literária ou científica […] um conjunto de folhas ordenadas e ligadas entre si […] tem origem no entrecasco de certas árvores onde se escrevia. (cf. Mafalda Lopes da Costa in http://ensina.rtp.pt/artigo/a-origem-da-palavra-livro/ ) 


Desta ideia, optámos por desenvolver aqui a temática referente a - O Livro, ou seja à Bíblia, sendo que temos respeito por todos os livros em geral, incluindo, ou sobretudo, os sagrados, não importa de que credo.
Para lá das muitas referências lendárias, contidas no Antigo Testamento, a Bíblia no seu conjunto (Antigo e Novo Testamento) é a obra mais citada e divulgada. E, hoje em dia, não acontece por obrigatoriedade mas por livre adoção e opção.  

A Bíblia continua a ser objeto de estudo e de adaptação aos tempos: É assim que encontramos especialistas a estudar e traduzir esta obra a partir das primeiras edições. É o caso do professor doutor Frederico Lourenço, entre outros.
A Bíblia continua um dos maiores monumentos, sobretudo após reformada, ou revolucionada pelos Evangelhos: Marcos, Mateus, Lucas e João, ou seja, pelo Novo Testamento.  
«Mesmo para o trabalhador compulsivo que nunca está satisfeito com nada do que faz, há um dia (como foi o dia de hoje) para respirar fundo, para contemplar o trabalho realizado e para agradecer à fabulosa equipa da Quetzal a feitura deste primeiro volume da primeira Septuaginta (a) alguma vez publicada em português […]. Foi um privilégio, uma aventura e uma viagem da alma ser seu servil e devotado tradutor ao longo destas espantosas 1000 páginas […]» (cf. pág. Facebook de Frederico Lourenço, 18.10.2017)
 
(a)«Septuaginta é o nome da versão Bíblica hebraica traduzida em etapas para o grego […] entre o século III a.C. e o século I a.C., em Alexandria. Dentre outras tantas é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, lingua franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo de Alexandre, o Grande. A tradução fica conhecida como a Versão dos Setenta […] rabinos […] que trabalharam nela» (cf. https://pt.wikipedia.org/wiki/Septuaginta )
 

Quanto à Bíblia, produto editorial de relevância entre centenas de milhões de pessoas de mais de meio mundo; este livro tem o condão de condensar, em si, o significado de livro dos livros; eis porque a par da foto de capa de Fernão de Magalhães (perfazendo este ano o V Centenário da sua morte, decorrendo os eventos da primeira volta ao mundo).


Apresentamos aqui a Bíblia - o Livro dos Livros de autores diversos, embora pelos seus vários séculos de História, não esteja sujeita, de uma forma geral, às mesmas limitações de direitos das obras recentes. Contudo há trabalhos de tradução e de interpretação que devem ser citados e respeitados.

domingo, 21 de abril de 2019

TRADIÇÃO E INOVAÇÃO: OS SINOS E A COMUNIÇAÇÃO


Os sinos da Sé de Lisboa dão o sinal de início de Revolução.

 “Tlão … ressoam os bronzes da sé … tlão … badaladas, lentas no respirar suspenso … tlão … arrastadas no nervoso dos corações … tlão … seus semblantes rígidos, olhos vigilantes … tlão … cinco … as mãos aferradas às coronhas das pistolas … tlão … seis … dos punhos de punhais, dos cutelos … tlão … sete … ih! cum raio! … tlão … oito …

Ao soar da última pancada, as sentinelas vêem chegar um fidalgo que se apeia de pomposo coche, como a ter audiência com Sua Excelência o secretário de estado [Miguel de Vasconcelos] …” (1).
(1)CAMPOS, Fernando – O Lago Azul.- Viseu: Difel, S. A; Tipografia Guerra, 2007, 304 páginas.
Resumo crítico sobre esta Obra. O Autor Fernando Campos tem uma interessante veia literária, também de historiador, cientista e filósofo. Nesta obra– O Lago Azul, o autor descreve interessantes páginas de História de Portugal, nomeadamente sobre os descendentes de D. António Prior do Crato, proclamado Rei de Portugal após a morte de D. Sebastião. Fernando Campos põe o vento como narrador. O vento está em todo o lado, em toda parte. Nesta obra o vento descreve e toma partido, por vezes é maroto. Campos dá-nos a conhecer o destino do Prior. Põe em destaque o ambiente entre católicos e protestantes; o nascimento da Holanda, as paisagens suíças e o definhar de Portugal quando integrado na monarquia dos Filipes.  

Sinos de transmissão mensageira

Bens de importância primeira.

Comunicais atenção,

Dor, alegria aflição

Festa, folia, reunião. 

Desde tempos remotos se utilizaram os sinos. Regularmente ao alvorecer podia ouvir o toque das almas. Ao meio-dia e cinco, o Ângelus. Os fiéis respondiam com uma Avé Maria. Antes do cair da noite tocava a Trindades. Momentos para oração e recolhimento. À tarde tocava para o terço ou missa; aos domingos e dias santos tangiam sonoridades para as eucaristias. O último toque do dia fazia-se com o cair da noite. Era o toque das almas ou toque das Avé Marias. A estes toques de rotinas juntavam-se os toques horários.

Com a eletricidade, o velho relógio de carretos é substituído. As horas passam a ecoar através de altifalantes instalados na torre.

No dia de Páscoa tocam os sinos pela tarde enquanto decorre a passagem do compasso e passa a comitiva pelas casas transmitindo cumprimentos e Boa Nova: “Cristo ressuscitou, aleluia, aleluia”.

Os sinos anunciam cerimónias e avisos: batizados, casamentos, enterros. Os toques a rebate acontecem em caso de fogos.

Distintos em mais de uma dezena de casos, os toques têm o seu código próprio. As várias sonoridades, ritmos e frequências determinam o tipo de informação. Podem tanger sons tristes ou alegres, lentos, rápidos ou ultra rápidos, dobrados ou singelos, fortes ou leves. Em caso de morte, permitem informar o tipo de pessoa: adulta ou criança. Hoje em dia continuam alguns destes trechos sonoros. Os sinos cumprem funções. De tão presentes e disponíveis, quase não damos pelo seu valor.

Nas últimas décadas os sinos perdem alguma importância, fruto de alterações na vida social e tecnológica. Relógios de pulso e telemóveis, hábitos diversos, televisão, informática e quebra de hábitos religiosos têm determinado alterações de rotinas e emergências.

Em algumas torres e casas de Sineiros decorrem exposições. Aqui, no Brasil e noutras partes do globo.
Torre e casa do Sineiro de Leiria. Imagem gentileza da CML

“As igrejas de São João del-Rei tem (sic) um interessante e peculiar sistema de comunicação através dos sinos. Sabe-se por exemplo, pelo repique, dobre ou toques onde será realizada a solenidade; se haverá procissão; hora de missa, quem será o celebrante e muitas outras informações. Nos dobres fúnebres fica-se sabendo se a pessoa falecida era homem ou mulher e até mesmo qual será o horário do funeral […]” Cf. OLIVEIRA: 2007).  

Devido a este património histórico, cultural e turístico, alguns sinos e toques têm vindo a ser classificados como Património Imaterial.  
Imagem da torre sineira da Beselga

É comum situar-se o início da utilização dos sinos por volta do século VI, altura em que começam a ser construídas igrejas nas povoações. O som era considerado a “Voz de Deus”. Afugentava perigos, unia as pessoas, dava segurança.

Dizia uma figura típica da minha Terra - o Alberto Pereira, mais conhecido por Alberto Francês.

“Não há sinos tão afinados como os da Beselga. [nas Terras de Magriço e do Demo] Quando bem repenicados parece que subimos ao céu”.

A este preceito escreve Miguel Torga caracterizando diferentes modos de operar os sinos. Em Novos Contos da Montanha (1966) diz este sóbrio Duriense:

“Os sinos tocavam festivamente, ia por toda a aldeia um alvoroço de noivado […] pela coragem com que puxavam a corda do badalo, pela maneira como repicavam ou dobravam, sabia-se a que terra pertencia o cadáver que baixava à cova. Cada aldeia enterrava singularmente os seus mortos. Os de Leirosa, bonacheirões, pacíficos, pobres, tocavam pouco, devagar, sem vontade e sem brio. Mas já os de Fermentões, espadaúdos, carreiros e jogadores de pau, homens de bigodaça […] davam sinais de outro modo, viril e triunfalmente.” (TORGA, Ob. cit. 12ª Ed. 1952, p. 41; 65) 

O sinos continuam a ser imprescindíveis mas, ainda que pudessem ser dispensados, conviria preservá-los como Bens culturais materiais e imateriais, instrumentos de comunicação e de recurso quando outros sistemas possam eventualmente falhar.

Torres e sinos vêm sendo objeto de salvaguarda e de aproveitamento para desdobramento de funções.

Imagem de torre sineira e de relógio da Horta - Faial. À curiosidade desta peça de arte e funcional acresce o facto de que é um dos poucos exemplares de torres sineiras independentes da arquitetura das igrejas, tal como acontece em Leiria, Penedono ...

O presidente do Cabido da Sé chegou a ouvir “modinhas populares” tocadas pelos sinos e, depois da implantação da República, há informações de que foi pedido ao sineiro "para tocar 'A Portuguesa' e outras melodias republicanas" (“Os sinos de Leiria têm histórias para contar; Sé de Leiria” in http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2011/12/23/torre-da-se-os-sinos-de-leiria-tem-historias-para-contar-fotogaleria/; http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9_de_Leiria ) 

Torres, sinos e toques, orientam, informam, animam. Contribuem para a riqueza urbana, social e turística. 

Que a Páscoa continue em ressurreição, primavera, andorinhas, festas populares, sardinhas, união.  

Palavras-chave: comunicação, Páscoa, sinos, bens culturais  

Bibliografia / documentação: 

-CAMPOS, Fernando – O Lago Azul.- Viseu: Difel, S. A; Tipografia Guerra, 2007,  

Fontes em linha, acedidas em 13.04.2017 e 21.04.2019: 

-ANCIÃES, Alfredo Ramos – “038. Portugal é Memória é Presente é Mar e é Futuro” - http://cumpriraterra.blogspot.pt/2015/03/38-torres-e-sinos-que-tanto-dais.html  

-ANCIÃES, Alfredo Ramos – “Os Sinos e a Páscoa” - https://cumpriraterra.blogspot.com/2017/04/038-os-sinos-e-pascoa-nas-terras-da.html  

-CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro; FONSECA, Maria Cecília Londres – “Património Imaterial no Brasil”  http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001808/180884POR.pdf  

-LEIRIA, Manuel; CLARO, Sérgio, et al. – “Os sinos de Leiria têm histórias para contar”  http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2011/12/23/torre-da-se-os-sinos-de-leiria-tem-historias-para-contar-fotogaleria/ 

-OLIVEIRA, Silvana Toledo de “Turismo e património cultural em São João DelRei/MG”.- http://www.eca.usp.br/turismocultural/silvana.pdf 

terça-feira, 16 de abril de 2019

Dame de Cœur em Paris a 2ª Roma do Ocidente

(gentileza da imagem Rodrigo Lavalle et al.)
Uma comemoração com armas outras que não as letais. Trata-se de uma celebração da luz e da cor; do gótico, do espírito (sopro divino), história e evocação de uma das mais emblemáticas obras do génio humano.

E agora o que fica depois da guerra e do incêndio?

Da guerra ficam as intenções de perdão, o exemplo e lição de paz, e entendimento; ficam as imagens, como as destes belos vídeos. Um deles, obtido através da dedicação do lusófono Max Petterson Monteiro. ( https://www.youtube.com/watch?v=cnNDJCqPrhg , em especial, do minuto 3.45 ao 6,57).

Aqui ficam as recordações (memórias de ouro e amor); ficam as criações, desde os estilos artísticos, às projeções das imagens científicas e técnicas de Rodrigo Lavalle https://www.conexaoparis.com.br/2017/09/26/espetaculo-na-catedral-de-notre-dame/ ;

Junto, deixo resumo descritivo a partir de um texto recebido por e-mail em 11.11.2018 e novamente recuperado, em linha, através dos links e fontes aqui indicadas.  

Monumento conhecido por Dame de Coeur, onde recentemente o “show de luzes, imagens e sons fez parte das comemorações do centenário do fim [armistício] da 1ª Guerra Mundial. Homenageia os milhares de soldados que perderam a vida na guerra. O espetáculo desenvolve-se a partir da história de uma enfermeira francesa que encontra um soldado americano agonizando num campo de batalha. Ele confessa à enfermeira o arrependimento de nunca ter conhecido a catedral de Notre Dame. São 25 minutos de projeções – acompanhadas por banda sonora – criadas pelo cenógrafo Bruno Seillier. Ele já havia idealizado espetáculos semelhantes para os Invalides, em 2012, e para a própria Notre Dame em 2011. Todo o processo levou 1 ano de planeamento e oito meses de trabalho […]. Além das projeções na fachada (cascatas, fogos de artifício, os reis e anjos da fachada dançando etc.), haverá também projeções no interior da catedral […]. Um evento de sonho!” (cf. LAVALLE, ob, cit. Os sublinhados são nossos) 

E agora que fica depois do incêndio de 15.04.2019? 

Fica, desde já a intenção e a vontade em reconstruir e recuperar. Ficará um controle futuro multi redobrado. Programas apertados e eficazes com mais vigilância e tecnologias de prevenção e segurança, porque a salvaguarda dos Bens culturais não começa e acaba logo que as Organizações de conservação e restauro tomam conta de um Bem. A salvaguarda é essencialmente um processo e deverá acompanhar, em permanência o Bem cultural, mormente em situações de obras, festas e demais ajuntamentos de pessoas.  

Palavras-chave: Bem cultural, comunicação, conservação, documentação, informação, musealização, processo, salvaguarda 

FONTES em linha, acedidas em 04.11.2018 e 16.04.2019 

-ANCIÃES, Alfredo Ramos – “Da salvaguarda como processo”  https://cumpriraterra.blogspot.com/2019/01/da-salvaguarda-como-processo.html


-ANCIÃES, Alfredo Ramos – O 1º Grande conflito do século XX: Comunicações arte e armistício https://cumpriraterra.blogspot.com/2018/11/o-1-grande-conflito-do-seculo-xx.html  



de Cœurhttps://www.youtube.com/watch?v=cnNDJCqPrhg

domingo, 14 de abril de 2019

ORIGEM E DIFUSÃO DO MILHO


 
Origem e Difusão do Milho (Zea mays L.)
 
na época dos Descobrimentos Portugueses
 
Maria Margarida de Almeida Perquilhas Teixeira
 
Âmbito da disciplina de “Museus e Organizações com Memórias”.
 
Colaboração do Prof. Alfredo Anciães na edição do texto
 
Universidade Sénior de Massamá e Monte Abraão
 
Ano letivo de 2018 / 2019
 
Massamá, Sintra – 2018 
 

Breves citações sobre a cultura do Milho : 

O Milho (Zea mays) é a cultura mais expandida mundialmente, cultivando-se quer entre os trópicos quer a norte quer a sul dos mesmos, Masefield (1970). Graças aos trabalhos de melhoramento do Milho consegue-se hoje cultivá-lo em quase todas as latitudes, nas zonas tropicais, subtropicais e temperadas, Sprague (1955). O Milho é cultivado desde 58º N (Canadá e Rússia) até 40º S; a maiores latitudes o fator limitante será a temperatura, Pinto (1978).

Requisitos climáticos da cultura do Milho, Manual Enciclopédico (1945): 

 temperatura ideal é entre 24ºC e 30ºC;

. para que haja floração é necessário, no mínimo, uma temperatura de 19ºC;
.para que ocorra fecundação a temperatura não deve ser superior a 35ºC, nem pode haver precipitação muito acentuada nem secura excessiva;
. para que Milho atinja a maturação, necessita de calor e quantidade adequada de horas de luz por dia.
Período crítico no que respeita a necessidades hídricas é entre a altura da formação da bandeira e polinização e a fase da formação do grão, em que necessita de bastante água, para proporcionar uma boa fecundação e assim não haver quebra acentuada de produção de grão de Milho, Horta (1981). 

Também para o milho germinar é essencial que a terra tenha alguma humidade (às vezes é necessário uma rega antes da sementeira); embora a temperatura ideal para a germinação seja à volta dos 15ºC, já pode ser semeado logo que a temperatura mínima seja superior a 10ºC (Abril / início de Maio, em Portugal). Colhe-se lá para Setembro / Outubro, sendo de evitar tempo frio e húmido, Horta (1981).

A cultura do Milho chega a ser ainda a base de alimentação de certos povos (sob a forma de farinha fubá e bebidas fermentadas), dos países em desenvolvimento, sobretudo na América Latina e África, - onde o Milho é usado pouco para gado (essencialmente porcos e aves), sendo só mais utilizado quando a produção de Milho excede as necessidades humanas, Litzenberger (1974) – mas tipicamente é usada como alimento para os animais, através de forragem ou ensilagem (massa verde e maçaroca com grão ainda mole) e na forma de rações a partir do grão maduro.   

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Origem e difusão do milho: 

Pelos relatos históricos, consta que o Milho é originário das Américas Central e do Sul (México, Peru, Equador Bolívia), tendo de lá sido inicialmente trazido para a Europa por Cristóvão Colombo Horta (1981), que descobriu a América em 1492, numa viagem ao serviço de Espanha, mas graças aos conhecimentos náuticos Portugueses (dos ventos, correntes e navegação astronómica), Mini-enciclopédia (1995). Estudos arqueológicos revelam que o Milho já era cultivado há 5000 anos antes de Cristo pelos Aztecas, Mayas e Incas, Costa (1981).

Uma série de historiadores relata que o Milho terá sido introduzido em Espanha em 1519 e, poucos anos depois, um lavrador de Cadiz (local costeiro, entre Huelva e Gibraltar, a sul de Sevilha, Espanha) dava início à sua cultura em Portugal, no vale do Mondego, perto de Coimbra, passando a substituir, gradualmente, o milho alvo/miúdo (Panicum miliaceum), Costa (1981); este é originário da Ásia (Índia), constando que já no início do Neolítico era cultivado em toda a Europa, exceto no Sul, e que terá chegado até nós pelo Norte e difundido pelo Noroeste, Dias (1950).

A cultura do Milho foi-se expandindo por onde o clima se mostrava favorável, e com os Descobrimentos Portugueses e respetivas colonizações, foi-se difundindo por África, Índia e restante extremo Oriente.

Á medida que Portugal se expandia, quer por locais desabitados quer povoados por indígenas, ia colonizando e transportando, de uns sítios para outros, homens, juntamente com plantas agrícolas e gado que se iam adaptando às novas condições agro-climáticas, usando técnicas indígenas, sendo de uso na alimentação não só dos escravos como também dos brancos; em África e no Brasil o sustento da população era à base de Milho, feijão e mandioca, Brito (1997).

Segundo esta autora, a escravatura já existia com frequência em África, foi explorada pelos mouros e só depois é que Portugal iniciou o tráfico de escravos negros da costa ocidental de África para a América (menos povoada mas de terrenos mais ricos).

Segundo relata Ferrão (1992), o Milho da América terá passado do Brasil (onde já era cultivado por indígenas quando os Portugueses lá chegaram) para África ocidental, muito antes de ser cultivado em Portugal, sendo rápida a sua difusão no continente africano, sobretudo por dois motivos: 1) utilização semelhante a outras gramíneas designadas de “milhos” já lá cultivadas, mas de grão maior e geralmente mais produtivo e 2) clima tropical propício à sua cultura, com altas temperaturas e precipitação elevada.

Na opinião do mesmo autor, ao contrário de outros, os portugueses não terão conhecido o Milho pela primeira vez através de Espanha, mas sim quando descobriram o Brasil, tendo difundido a sua cultura primeiro por terras africanas, tropicais, e daí, nomeadamente da Guiné, terão trazido para Portugal, sendo consensual o facto de ter sido cultivado inicialmente na região de Coimbra.

Há, assim, duas opiniões diferentes quanto à origem da cultura do Milho de maçaroca em Portugal: uns dizem que teria vindo de Cádiz (Espanha) e outros argumentam que terá sido difundido primeiro do Brasil para a costa ocidental de África e só daí então para Portugal.

Provavelmente até o Milho encontrado por Cristóvão Colombo no México e trazido para Espanha seria de diferente tipo morfológico (altura da planta, cores e duração de ciclo vegetativo) do Milho descoberto no Brasil e só mais tarde introduzido em Portugal. Terão, pois, havido duas fontes distintas do início de cultivo do Milho em Portugal.

Quanto à difusão do Milho no Oriente, mantém-se em dúvida qual o respetivo papel de Portugal e de Espanha, mas, segundo Ferrão (1992), é suposto que tenham levado o “milho americano” para Oriente bastante cedo, pois era base da alimentação das populações.

Segundo cita Brito (1997), em meados do século XVI, os navegadores portugueses, na rota da Índia, Malaca e Japão, ajudaram os chineses contra a pirataria que abundava nos mares da China e, em troca, receberam em 1557 a península de Macau, primeira região chinesa com habitantes ocidentais.

Em Timor a cultura hoje mais difundida é a do Milho, que foi introduzida no século XVI; é a base da dieta alimentar da população, existindo diversas variedades de Milho com diferenças no tamanho do grão, cor e duração do ciclo vegetativo, Brito (1997).

Num aparte, quanto à duração do ciclo vegetativo da cultura do Milho, há variedades mais precoces que necessitam de 60 a 70 dias (2 meses) para amadurecer e outras mais tardias (algumas nem completam a maturação), levando 10 a 11 meses para completar o ciclo vegetativo, Sprague (1955). A utilização de híbridos mais precoces permitiu a expansão do cultivo de Milho para regiões de maiores latitudes, Pinto (1978).

Em inícios do século XVII, o Milho da América, tal foi o sucesso da sua cultura em Portugal, era a base da alimentação (fabrico de broa e papas de milho) do povo do Noroeste do país, Costa (1981).

A cultura do Milho prefere as zonas de regadio do centro e sul mas faz-se hoje em praticamente Portugal inteiro, sendo bem presente na paisagem agrícola das regiões de Entre-Douro e Minho e Beira Litoral. 

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Cronologia sumária dos Descobrimentos Portugueses, Albuquerque et al (1992) : 

Reinado de D.João I (1385-1433) ]

1417-20  redescoberta do arquipélago da Madeira por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira.

1425        provável início da colonização da Madeira.

1427      descoberta do arquipélago dos Açores (exceto Flores e Corvo) por Diogo
              de Silves.

1431-32  início da colonização dos Açores. 

[ Reinado de D. Duarte (1433-1438) ]

1434  ….Gil Eanes dobra o Cabo Bojador.

… / Cronologia sumária dos Descobrimentos Portugueses, Albuquerque et al (1992) : 

[ Reinado de D.Afonso V (1438-1481) ]

[ Regência de D.Pedro (1439-1446) ]

1439  colonização sistemática dos Açores.

1446  Álvaro Fernandes chega aonde é hoje a Guiné-Bissau.

1452  descoberta das ilhas de Flores e Corvo, nos Açores, por Diogo de Teive.

1456  descoberta presumível de algumas ilhas de Cabo Verde, por Diogo Gomes
          e  Cadamosto.

1460 . possível descobrimento de algumas outras ilhas de Cabo Verde, por António de Noli.

1462  provável início de colonização da ilha de Santiago (Cabo Verde).

1468  colonização flamenga da ilha do Faial.

1471-2 provável descobrimento do litoral e ilhas do Golfo da Guiné, nomeadamente S.Tomé e Príncipe, por João de Santarém, Pedro Escobar e Fernão do Pó. 

… / Cronologia sumária dos Descobrimentos Portugueses, Albuquerque et al (1992) :

[ Reinado de D.João II (1482-1495) ]

1484      início do povoamento e colonização das ilhas de S.Tomé e Príncipe.

1485-6   D.João II não aceita plano de Cristóvão Colombo, de chegar à Índia navegando para Ocidente.

1487-8   descobrimento da passagem para o oceano Índico, por Bartolomeu Dias, que dobra o cabo da Boa Esperança, inicialmente conhecido por cabo das Tormentas, Mini-enciclopédia (1995).

1492-3   descoberta das ilhas da América Central, por Cristóvão Colombo.

1494      Tratado de Tordesilhas: partilha do mundo, descoberto e a descobrir, entre Portugal e Espanha.

[ Reinado de D.Manuel I (1495-1521) ]

1498      Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a Índia, com 3 naus e 1 naveta de mantimentos.

1500      Pedro Álvares Cabral, com destino para a Índia, chega ao Brasil, com 10 naus e 3 caravelas.

 1501 primeira expedição de reconhecimento da costa do Brasil, supostamente por Gaspar de Lemos.

1502 segunda viagem de Vasco da Gama à Índia com 20 naus; estabelece uma feitoria em Moçambique.

 1503 primeira viagem de Afonso de Albuquerque à Índia, com 3 naus.

1505    D. Francisco de Almeida parte para a Índia para ocupar o cargo de vice-rei, com 14 naus e 6 caravelas.

1506    segunda viagem de Afonso de Albuquerque à Índia.

1509    Afonso de Albuquerque substitui D. Francisco de Almeida no governo da Índia, mas fica só com o título de governador.

1510    Afonso de Albuquerque conquista Goa que mais tarde foi a sede do governo da Índia.

1511    Afonso de Albuquerque conquista Malaca, e constrói lá uma fortaleza.

1512    partem para a Índia cerca de 1200 portugueses por ano.

1513    Jorge Álvares parte de Malaca e alcança a China.

1515    os portugueses chegam a Timor.

Afonso de Albuquerque morre ao largo de Goa.

Lopo Soares de Albergaria passa a ser o novo governador da Índia.

1519    Fernão de Magalhães, português, parte para a primeira viagem de circum-navegação, ao serviço dos reis de Espanha.

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Dicionário enciclopédico referente ao texto :
 
Afonso de Albuquerque (1462-1515), considerado regra geral segundo vice-rei da Índia, desempenhou grandiosos feitos históricos portugueses no Oriente, Koogan Larousse Seleções (1979).-Cabo Bojador fica na costa ocidental de África, no Sara Ocidental, Mini-enciclopédia (1995).-Cabo da Boa Esperança situa-se no extremo sul da África do Sul, onde se juntam as águas do Atlântico e do Índico; conhecido, inicialmente, por Cabo das Tormentas, Mini-enciclopédia (1995).

Cristóvão Colombo (1451-1506) descobriu a América Central; segundo consta, natural de Génova (costa ocidental italiana, a sul de Milão); em 1476 fixou-se em Lisboa. Casou com a filha do navegador português Bartolomeu Perestrelo, governador da Madeira. Viajou várias vezes à Guiné com os marinheiros portugueses. D. João II recusou-lhe o plano de alcançar a Índia, navegando para ocidente, tendo sido apoiado pelos Reis de Espanha. Em 1492 chega ao golfo do México, arquipélago das Baamas, pensando ter alcançado o extremo Oriente. Fez mais 3 viagens (1493, 1498 e 1502) às Antilhas (Cuba, Haiti/República Dominicana, entre outras ilhas) e foz de Orenoco (rio da Venezuela), Mini-enciclopédia (1995).

Infante D.Henrique, o Navegador, 5º filho de D.João I e D.Filipa de Lencastre, (1394-1460).

Participou na conquista de Ceuta em 1415. Foi o grande impulsionador dos Descobrimentos.

Dedicou-se à ciência náutica fundando, em Sagres, uma escola de navegação. Fez reconheci  mentos na costa ocidental africana e foram navegadores da sua escola que descobriram e co  lonizaram as ilhas atlânticas portuguesas (Madeira, Açores e talvez algumas ilhas de Cabo Verde), Koogan Larousse Seleções (1979).

Pedro Álvares Cabral, navegador português, (1467/8-1520/6). Comandou a segunda armada rumo à Índia, por ordem de D. Manuel I, mas, por desvio da rota, descobre o Brasil, Koogan Larousse   Seleções (1979). 

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Notas explicativas relacionadas com o texto:

-Caravela - “embarcação de velas latinas (de forma triangular)”, Costa e Melo (1997).

- Nau - “embarcação grande; antigo navio de vela”, Costa e Melo (1997).

- Naveta - “navio pequeno”, Costa e Melo (1997).

-Neolítico - “período pré-histórico, que vai desde cerca de 7000 anos antes de Cristo a cerca de 2500 anos antes de Cristo; idade da pedra polida; o homem do Neolítico iniciou a prática duma economia de produção e a domesticação de animais”, Mini-enciclopédia (1995).

-Zona tropical – entre o trópico de Câncer, no hemisfério norte,  +23º 27´ de latitude, e o trópico de Capricórnio, no hemisfério sul,  -23º 27´de latitude – caracterizada por altas temperaturas e precipitações elevadas, na estação húmida que se opõe à estação seca, sobretudo nas regiões junto ao equador, Mini-enciclopédia (1995). Equador é o círculo máximo perpendicular ao eixo da terra,  dividindo-a em 2 hemisférios, norte e sul, Loureiro e Patrício (sem data).

-Zonas sub-tropicais – situadas junto aos trópicos, até os 40º de latitude, Koogan Larousse Seleções (1979).

-Zonas temperadas – do norte (entre trópico de Câncer e o círculo polar Ártico que dista 23º 27´ do polo norte ,ou seja, de latitude igual a +66º 33´); do sul (entre trópico de Capricórnio e círculo polar Antártico que dista 23º 27´ do polo sul, isto é, de latitude igual a -66º 33´), Loureiro e Patrício (sem data). 

Nota Final: 

Apresentámos, neste trabalho, um ponto de partida para desenvolver e não um ponto de chegada definitivo. A origem e difusão do milho têm sido motivo de curiosidades várias. Um conhecimento que tem alimentado a história, a agronomia e todos os que se interessam pela consolidação e desenvolvimento do saber. 

Palavras-chave associadas à expansão e às viagens marítimas:  

1-arte: estatuária, escultura, motivo marítimo;

2-agronomia: alimentação, difusão, milho;

3-ciência e técnica: barca, descobrimento, caravela, galeão, canhão, nau; navegação, pólvora, remo, vela latina, vela larga ou arredondada (por alguns chamada quadrangular);

4-história: globalização, renascimento;

5-logótipos / sinais: bandeira, corvo (in logótipo de Lisboa – em memória do padroeiro São Vicente), cruz;

6-Portugal;

7-Viagem: curiosidade, documentação, exploração 

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Lista Bibliográfica :

-Albuquerque, Luís de; Magalhães, Ana Maria e Alçada, Isabel (1992) Os Descobrimentos Portugueses. Viagens e aventuras. 2ªed. Volumes I e II. Caminho.  

-Brito, Raquel Soeiro de (1997) No Trilho dos Descobrimentos. Estudos geográficos. Comissão Nacional para as Comemorações  dos Descobrimentos Portugueses. Fundação Oriente. Lisboa.

-Costa, J. Almeida e Melo, A.Sampaio (1997) Dicionário da Língua Portuguesa. 7ªed. Dicionários Editora. Porto Editora.  

-Costa, José Paulo da (1981) O Milho e a sua cultura. Divulgação nº11. Direção-geral de extensão rural.

-Dias, Jorge (1950)  “O pio de piar os milhos” in Trabalhos de Antropologia e Etnologia.

-Ferrão, José E. Mendes (1992)  A aventura das plantas e os Descobrimentos Portugueses. Ed. Inst. de Invest. Científica Tropical, Comissão Nac. para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e Fundação José Berardo.

-Horta, José Manuel Carrajola (1981)  A cultura de milhos híbridos. INIA – ENMP. Elvas.

-Koogan Larousse Seleções (1979) Dicionário Enciclopédico. 1- Léxico comum; 2- Nomes próprios. Seleções do Reader’s Digest.

-Litzenberger, Samuel C. (1974) ed. Guide for field crops in the tropics and the subtropics. Office of Agriculture. Technical Assistance Bureau. Agency for International Development, Washington, D.C.20523.

-Loureiro, Júlio Leal de e Patrício, Amílcar A. (sem data) Compêndio de Geografia, vol.1- 3º ano. Porto Editora. Manual Enciclopédico do Agricultor Português. II parte: Agricultura. I- Cereais. 2 volumes. (1945) Ed. Gazeta das Aldeias, Porto.

-Masefield, G.B. (1970)  A Handbook of Tropical Agriculture. Oxford.

-Mini-enciclopédia (1995) Dir:Manuel Alves de Oliveira e Maria Irene Bigotte de Carvalho. 838p. Temas e Debates.

-Pinto, Pedro Jorge Cravo Aguiar (1978) Primeira aproximação a uma zonagem da cultura do milho em Portugal Continental.Rel. de actividade do aluno estagiário de curso de eng. agrónomo.

-Sprague, George F. (1955)ed. Corn and Corn improvement. Academic Press Inc., Publishers. New York, N.Y.