O
conceito de ícone vem da cultura grega que significa imagem. No mundo pós grego
clássico o conceito evolui e estabiliza na arte religiosa inclusivamente na
cultura judaica, com a representação de figuras bíblicas nas grandezas bi
e tri dimensionais.
Com
o cristianismo, passa a entender-se como ícone, em especial, a arte pictórica.
O Império Bizantino {séc. IV / XV (1453)} faz difusão de imagens, embora no
século VIII tenha sido proibido o seu uso pelo imperador Leão III (séc. VIII).
Depois o uso foi resgatado e restaurado pela imperatriz Teodora, esposa do
imperador Teófilo (séc. IX).
Com
a invasão muçulmana ao Império Bizantino, há uma queda na arte do território mas como consequência multiplicam-se as influências pela Rússia, leste da
Europa - Central e Mediterrânica e pontualmente noutros sítios de influência religiosa
cristã / ortodoxa ou cristã / católica.
Segundo
frei António-José d`Almeida influenciado pelo Antigo Testamento, na versão Septuaginta - “Cristo Pantocrator” significa «Dominador de todas as potências terrestres
e celestes» (cf. Is 6,3 e Ap 4,8). É
assim, também, que frei António-José vai buscar a Primeira Carta de São Pedro
(3,22), citada em relação a Cristo «tendo
subido ao céu, está à direita de Deus, estando-lhe sujeitos os Anjos, as
Dominações e as Potestades».
E
reforça ainda a imagem do Pantocrator
com a citação de uma das Cartas de São Paulo: «Todas as coisas estão submetidas» (1 Cor 15, 27) referindo-se a
Cristo plasmado na imagem d`O Cristo Ressuscitado. Frei António-José acrescenta
ainda sobre Cristo. É O «Senhor dos mortos e dos vivos» (Rm 14,9).
Em
termos de tecnologia artística os ícones bizantinos baseiam-se em pequeninos
mosaicos (*) coloridos e justapostos de forma a criar uma composição unitária das
imagens pretendidas.
(*).
Sugerimos uma reflexão sobre a origem do termo «mosaico». O mesmo deriva de «musa»
ou «musas» - como semideusas continuadoras do «mouseion», instituição que dá
origem aos conceitos / instituição «museu, museologia e afins».
É
nesta vertente de atração e devoção pessoal pela imagética oriental que vemos
um ícone no altar-mor da igreja de Massamá por influência do pároco Pe. Luís
Cláudio que terá feito a seleção de imagens ou acolhido de bom grado o ícone em
referência.
Faz-nos
lembrar, particularmente neste Tempo, a Páscoa, como “passagem” da figura d`O Cordeiro divino, para a figura d`O “Rei". O "Pantocrator".
Boa
Páscoa. Ótima Passagem.
Palavras-chave:
arte, ícone, Massamá – Sintra, Pantocrator, Páscoa
Fontes:
ANCIÃES,
Alfredo Ramos – “Os Sinos e a Páscoa nas Terras da
Lusofonia” https://cumpriraterra.blogspot.com/2017/04/038-os-sinos-e-pascoa-nas-terras-da.html
-ALMEIDA,
frei António-José d` “Ícones: O Cristo Pantocrator”, p 472-473.- in Revista “Bíblica:
onde a Bíblia se faz vida”.- Fátima: Difusora Bíblica (Franciscanos
Capuchinhos), julho-agosto 2017
-ANDRADE,
Ana Luíza Mello Santiago de ; InfoEscola et
al. - “Império bizantino” https://www.infoescola.com/idade-media/imperio-bizantino/
-CESAREIA,
Eusébio de ; MediaWiki et al. – “Império
Bizantino” https://pt.wikipedia.org/wiki/Império_Bizantino
-DANIELA,
Diana et al. – “O que é Mosaico” https://www.todamateria.com.br/o-que-e-mosaico/
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