(Assinatura de S. João de Deus)
Verifica-se nos séculos
XIX / XX e na atualidade um novo enroupamento dos métodos medicinais de João
Cidade (S. João de Deus).
Este simples humanista nasceu
nos finais do século XV em Montemor-o-Novo, tendo como segunda Pátria a cidade
de Granada / Espanha.
Constata-se que os métodos de S. João de Deus ficaram esquecidos, durante séculos, na sociedade civil
(não na esfera da instituição religiosa) e que o conhecimento foi retomado no
século XX com Carl Rogers (EUA), por exemplo, e seus seguidores. (V. livro de C.
Rogers «Tornar-se Pessoa”).
Carl Rogers trata da “teoria da
personalidade centrada na pessoa”, onde aborda a “Terapia de validação afetiva”.
(cf.
https://amenteemaravilhosa.com.br/psicologia-humanista-carl-rogers/ )
É ainda de relacionar o contributo de Sigmund Freud, entre outros técnicos das áreas “Psi”. Freud
desenvolve o tema em “Além da Alma Humana”. Nesta Obra Freud dá a conhecer o envolvimento com os pacientes do foro psicológico.
Rita Charon vem alargar o leque a outras disciplinas e
práticas comunicacionais, e não é pouco, visto que veio redespertar a relação,
o conhecimento e os efeitos práticos em relação ao doente, adicionando saberes de outras disciplinas e do outros profissionais; contudo as bases anteriores
de onde Rita Charon parte deveriam ser citadas, em respeito pelos precursores.
Portugal continua
a ser uma aposta. Verifica-se, nomeadamente com a receção e o doutoramento a Rita Charon (EUA), com o apoio de Maria
de Jesus Cabral e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Rita Charon recebe, em Lisboa, o reconhecimento do doutoramento,
porém, em dezenas de entradas documentais que já investigámos, não vimos uma única referência
aos princípios humanistas da Obra de S. João de Deus;
nem vimos a referência aos psicólogos e psiquiatras,
no que concerne aos métodos de “relações cooperantes”, e à “empatia
narrativa”.
Rita Charon reiniciou
um caminho interessante, virado para o doente; no entanto, analisando a documentação, hesitamos em classificá-la como uma precursora. Na realidade, outros iniciaram o caminho e com sucessos: quer no século XVI, quer em finais de XIX e no século XX.
Verifica-se, pois, que a medicina narrativa é um processo e não um fenómeno do século XXI.
Cf:
um caminho interessante, virado para o doente; no entanto, analisando a documentação, hesitamos em classificá-la como uma precursora. Na realidade, outros iniciaram o caminho e com sucessos: quer no século XVI, quer em finais de XIX e no século XX.
Verifica-se, pois, que a medicina narrativa é um processo e não um fenómeno do século XXI.
Cf:
-- https://www.facebook.com/alfredo.anciaes?__tn__=%2CdlC-R-R&eid=ARBQOvZRykwlZmp_mPdE567G9jn16wppnt3iHW4v62BKSvkMBxpcYtoDj1EmfXsfe2S3kuaHr3p-0Mlg&hc_ref=ARSCxst1eVoJR84xQIWkVUz9Ex8z0VQOxKM3FbEW9C4VvC-7nzNeLznUdQ7-tBe78gI
(post editado em 23.12.2019);
Palavras-chave: História
da Medicina, João Cidade / S. João de Deus, Medicina narrativa, Psicologia, Psiquiatria,
Rita Charon
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