Gentileza da imagem de Natália no Parlamento português in https://www.delas.pt/natalia-correia-uma-voz-livre/pessoas/401376/
Mátria
terá inspirado o conceito de frátria, ou vice versa.
Na realidade precisa-se toda uma cultura e
economia, associadas ao fratrimónio, onde pessoas
irmanadas por semelhantes causas, exercem funções de bem
comum.
Natália rompe conceitos, sobretudo a partir
de 1986. A poetisa entra numa série televisiva a que dá o nome: “mátria
e este lugar”.
No Parlamento é contundente perante as atitudes de
puro machismo e conservadorismo.
“Não
me interessa o feminismo como caricatura das qualidades femininas. Então que os
homens assumam a responsabilidade até ao fim. Eu defendo um regime feminista de
cultura.” (in Jornal Expresso, 8 de
maio de 1982); (cf. Alfredo Anciães in facebook in Ano lectivo 2016-2017 e em Lusofonia: actualidades & história, 16.03.2018).
Antes de falecer Natália deixa-nos avisos, tais como:
“As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis…miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo.
“As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis…miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo.
A
comunidade Europeia vai ser um logro.
O
Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, o Estado Social
e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os
idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e comida.A
esperança média de vida cairá. Espoliada a classe média declinará, só haverá
muito ricos e muito pobres.” – Natália Correia, 1993”.
(extrato in página de facebook
Carlos Carranca, 16.03.2018, procedente de @VivaLaAnarquiaPortugal).
Ainda que não se verifiquem todos estes presságios, seria despiciendo desconsiderar os seus avisos. Os sinais que apontam para o futuro, mais ou menos evidente, poderão até ser relativamente alterados quando se levam a sério e se trabalha para o bem comum.
Por outras palavras, Natália é defensora das posições “matristas". (cf. ainda http://www.uefs.br/nep/labirintos/edicoes/02_2009/07_artigo_monica_santaanna.pdf (consultado em 31/jan/2013)
Face aos preconceitos, também o lusófono Caetano Veloso nos dá o seu contributo:
«[…] eu não tenho pátria, tenho mátria / E quero frátria […]».
(Caetano Veloso – “Língua”. cf. http://www.debatesculturais.com.br/a-lingua-e-minha-patria/ ).
«[…] eu não tenho pátria, tenho mátria / E quero frátria […]».
(Caetano Veloso – “Língua”. cf. http://www.debatesculturais.com.br/a-lingua-e-minha-patria/ ).
Em síntese, estamos a documentar uma tomada de consciência social, também assumida pelos conhecimentos de museologia, fratrimónios e matrizmónios, consoante se trate de:
1-ações intangíveis,
2-ou de peças e territórios materiais - organizadas no seio das novas museologias e museus de interesse social comunitário.
Preferimos os conceitos de matrizmónio e fratrimónio porque o património é algo confuso, pois ele reporta-se a esferas, tais como:
cultural, económica e financeira -- pública, privada ou cooperativa.
cultural, económica e financeira -- pública, privada ou cooperativa.
O conceito patriarcal, derivado de pai e pátria, de cunho masculino/machista tem-se manifestado como forma de menorização da mulher.
Os museus terão o bom senso para não organizarem e exporem conteúdos de acordo com os preconceitos que lesam direitos e são ofensivos das pessoas ou de minorias.
Os museus terão o bom senso para não organizarem e exporem conteúdos de acordo com os preconceitos que lesam direitos e são ofensivos das pessoas ou de minorias.