001 Silhar no Convento dos Cardaes. Será produto da
mão de artífice nacional ou holandês, e porquê?
Estamos, em meu entender,
num dos sítios referenciais de Lisboa pela carga (que também é cargo e
encargo), de marcas presentes, atinentes à nossa História, como povo: pioneiro,
bandeirante, acolhedor e solidário, mas também, com defeitos, ou parcos de informação, a
começar por nós próprios.
No caso, em destaque dos Cardaes, do Bairro Alto de São Roque, ou das Mercês e envolvência, foram
tomadas opções históricas: fratrimoniais, artísticas, políticas e de gestão que nos
orgulham. De modo que, podemos na atualidade admirar, reflectir, questionar e fruir tudo isto.
002 E este será holandês ou
português. Porquê?
Entre a escolha do local do Convento (“estar juntos”) dos Cardaes,
os seus estilos, com destaque para o barroco; as duas opções de padrões de
azulejaria - uma opção estrangeira, no caso, holandês, e outra nacional, que
não só têm diferenças, como, de certo modo, se complementam.
Não poderemos, depois de ter
refletido, afirmar onde está
o melhor padrão, o melhor modelo, a melhor arte, a melhor mensagem que estes
dois tipos de herança cultural azulejar nos proporcionam e continuarão a oferecer
bons motivos de visita. Apesar de tudo, é possível estabelecer comparações e,
cada apreciador, na sua livre expressão, destacará as suas próprias opiniões ou
a crítica, documentalmente sustentada.
Não é só este tipo de arte azulejar
que nos leva a admirar e a refletir. É, outrossim: a
arquitetura, a pintura, os embutidos, a talha “cintilante” que no templo/capela ou igreja
contrastam com a simplicidade dos demais espaços do convento. É, também, a
escultura, peças várias; os espaços, mais ou menos vazios, ou mais ou menos
cheios, de bens; e de gente: que
aqui vem ou reside, trabalha, descansa ou é aqui assistida social e fratrimonialmente.
Teremos, certamente, tempo e
oportunidade para questionar, embora nem sempre possamos obter as melhores respostas.
Questionar, p. exemplo:
-Qual o percurso para chegar
até aqui, com esta dedicação e preservação para podermos fruir desta herança
cultural?
-Como foi possível preservar
todos estes Bens materiais e imateriais, tendo os mesmos passado por vendavais de
instabilidade, não só a telúrica mas, sobretudo, os abalos sociais e políticos
que atravessaram a nossa História e, particularmente, a História Conventual?
Com base nesta seleção de motivos
iremos brevemente visitar o Convento dos
Cardaes. Desde já desejamos um percurso agradável
para fruir das melhores oportunidades; de preferência com algum doce conventual
- lavor das irmãs, dos colaboradores/as e continuadores/as desta singular marca de Lisboa e Portugal.
Tags: Bairro Alto, Convento dos Cardaes, Herança
Cultural, Fratrimónio, História, Lisboa, Portugal, Príncipe Real
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