quarta-feira, 31 de maio de 2017

067 161 CARNIDE E A SUA INFANTA: A OBRA E A RELAÇÃO PLATÓNICA COM O POETA



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 Filha de D. Manuel I, a infanta D. Maria (1521-1577) nasce nos Paços da Ribeira e entrega a alma ao criador em Santos-o-Novo, Lisboa. No ano em que vem ao mundo, falece seu pai, D. Manuel I (Alcochete, 1469 — +Lisboa, 1521) e, pouco tempo após, a mondadeira leva a sua mãe – Dª Leonor de Áustria (1). Dª Leonor (1498 — +1558), filha de Filipe, O Belo (1478 —+1506) (2) nasce em Bruxelas, atual Bélgica e falece em Talavera, Espanha.

D. Leonor, mãe da infanta deixa Portugal, após enviuvar, regressando a Espanha.

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(1) Dª Leonor de Áustria, também dita de Habsburgo ou de Espanha, 3ª esposa de D. Manuel I, arquiduquesa de Áustria, princesa de Espanha e sucessivamente rainha de Portugal e de França, após casamento em segundas núpcias com Francisco I.

(2) Filipe, O Belo rei consorte de Castela por se ter casado com a rainha Joana, a louca, filha dos reis católicos.



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A infanta, protetora de Carnide, fica entregue a sua tia D. Catarina de Áustria, esposa de D. João III e irmã do Imperador Carlos V. A vida de D. Maria fica, assim, subordina aos interesses do Reino e do Rei, seu irmão.

D. João III ordena a constituição da Casa da Infanta, tendo esta 16 anos. Couberam-lhe avultados bens, uma herança das maiores da Europa, o que lhe permitiu torna-se senhora de cidades, vilas, terras e muitos outros bens em Portugal, Espanha e França.



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No seu paço particular de Santos-o-Novo apoia a música, a literatura e as artes manuais. Cria uma espécie de Universidade à dimensão da época. Desejada para casamento pelos príncipes de França, Espanha, Hungria e Alemanha; e até por Luís de Camões.

Como a realização de um amor carnal/material fosse impossível no contexto dos padrões culturais e sociais da época, desenvolve-se um Amor platónico que apenas é conhecido pela tradição e dedutivamente pela poesia de Camões.

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A principal razão de nenhum dos casamentos com a infanta se ter efetuado foi, certamente, o impedimento imposto pelo rei seu irmão. Urgia evitar que a infanta deixasse a Casa Real de Portugal com um importante dote que fazia falta à família e a Portugal. Após a morte de D. João III, a infanta vai a Espanha. Visita a sua mãe e esta implora à filha que fique com ela e com as muitas fortunas que lhe cabem. Porém D. Maria prometera regressar a Portugal e cumpriu a palavra.

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O adiamento ab eterno do casamento da infanta serve não só os propósitos de D. João III, bem como do seu tio, Carlos V, imperador do Sacro-Império Romano-Germânico e Rei da Espanha. Este monarca sabe da vontade de D. Leonor, mãe da infanta, em casar com o delfim de seu marido Francisco I de França (1497-1547). Porém, Carlos V convence os seus próximos de que a transferência dos bens da infanta e de sua mãe para França constitui um perigo para a paz gálica e hispânica.



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Os valores da infanta não são apenas os da sua riqueza material. Consta que era dotada de grande inteligência, memória e cultura. Aprendida com a sua família, também com a aia e irmã desta (Luísa Sigeia e Ângela Sigeia, de Toledo) que a iniciaram nas letras e nas artes, incluindo latim e música. Com frei João Soares de Urró aprendeu vária teoria e escrituras sagradas. No seu Paço de Santos–o-Novo são ensinadas estas disciplinas e também artes manuais.



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Além da Igreja, Convento e Hospital da Luz (ou de Nossa Senhora dos Prazeres) a infanta apoia várias outras instituições: Santa Helena do Calvário, Nossa Senhora dos Anjos, Capuchos Arrábidos e de Torres Vedras, S. Bruno, Santo Cristo dos Milagres (Santarém), S. Bento de Avis e Nossa Senhora da Encarnação (Lisboa). Dá início à Igreja de Santa Engrácia, apoia o Convento da Graça e o Mosteiro de São Bento; disponibiliza muitos recursos para vestir e dar de comer aos pobres.



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Quanto aos bens materiais «[…] em 1571 o secretário do cardeal Alexandrino chamava-a “a princesa mais rica da christandade”, referindo-se a suas inumeráveis joias, e um milhão de bens patrimoniais, que ia gastando com os pobres». Em 1577, pouco antes do falecimento, faz uma relação de bens e rendimentos, deixando-os em testamento, sobretudo para apoiar os necessitados.



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A publicação “O Instituto”, Nº 63 de 1916, pp. 283-288 apresenta uma súmula desse testamento. Prevendo a morte antes que a Igreja da Luz estivesse concluída “determinou a infanta que o seu corpo fosse provisoriamente depositado no mosteiro da Madre de Deus, em Xabregas […]» (cf. ARAÚJO: 24), ali bem perto do seu Paço.

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A trasladação para a Igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Luz de Carnide efetua-se em 1597, tal como consta na descrição das duas legendas infra. Sepultada definitivamente, segundo a sua vontade, em campa rasa e sem legenda. Contudo, os freires de Cristo acabam por lhe dedicar uma lápide situada no lado esquerdo da capela-mor, onde pode ler-se: «A CAPELLA-MOOR D`ESTE MOSTEIRO DE NOSSA SNRA DA / LUZ E ESTE CRVZEIRO SÃO DA SEPOLTVRA (sic) DA SERENIS/SIMA IFFANTE DONA MARIA Q[UE] D[EU]S TE[M] FILHA D`ELREI DÕ / MANUEL E DA RAINHA DONA LIANOR SVA MOLHER NA / QVAL CAPELLA E CRVZEIRO SE NÃO DARA SEPOLTVRA A P[ESSO]A / ALGVVA DE QVALQVER CALIDADE QVE SEIA NEEM EM TEM / PO ALGVM SE FARÁ NHV~ DEPÓSITO NEM NENHUM LETE/REIRO POR ASSI ESTAR ASENTADO POR SVA M[AJESTA]DE E POR / CONTRATO SOLENE E CELEBRADO Q[VE] SE FEZ CO O PA/DRE CONFIRMADO PELO PA/DRE DO[M] PRIOR E MAIS PADRES DO SEV CONVENTO DE THOMAR / CUIO TRE[S]LADO ESTA NA TORRE DO TOMBO E NESTA CASA / DE NOSSA SNRA FALECEO A DEZ DO N FRº DE 1577.»



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Porém, em altura diferente, é-lhe dedicada uma outra legenda mais sintética, sobre a própria pedra tumular: «AQVI JAZ / A IFFANTE DONA MARIA / FILHA DEL REI DÕ MANOEL / E DA RAINHA DONA LIANOR / FALECEO EM 1577».

 

Já no século XX, a sepultura chã é classificada como monumento nacional.



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Beleza, grandeza e simplicidade da infanta

O conde de Vila Franca (3) apresenta a infanta “[…] alta, de esplêndidas formas. Elegantíssima […] denotando grande energia e isenção de carácter, uma formusura suavíssima, bem revelada na alvura da pelle, no azul dos olhos vividos e na cor loira dos cabelos, que lhe coroavam de ouro a espaçosa e ampla fronte, onde o talento espontâneo evidentemente se expandia. Este talento era ainda abrilhantado por muita erudição e incessante amor ao estudo ” (4).

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(3) Condes de Vila Franca, da família Gonçalves da Câmara (séc. XVI-XVII).

(4) RODRIGUES, José Maria “Ful text of “Camões e a Infanta D. Maria” in https://archive.org/stream/cameseinfantad00rodruoft/cameseinfantad00rodruoft_djvu.txt

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Diversos príncipes europeus desejaram-na para casamento, quer pela sua beleza, quer pela fortuna, porém a infanta de Portugal e da Luz de Carnide, não aceita propostas. Contudo, levantam-se suspeições de que o seu irmão D. João III contribuiu para esse “desiderato” da infanta em recusar matrimónio.



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“Seu viver tão ajustado era aos sãos princípios da religião, tão sereno e regular […] que mais parecia a Infanta uma religiosa vivendo em estreita clausura do que uma Princesa estadiando no meio do século na posse de fortuna colossal”. (cf. ARAÚJO, A. de Sousa: 19; O Instituto, nº 63 (1916), p. 54).



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«A própria Infanta no fervor da sua paixão pelo local chega a residir pontualmente em Carnide, tendo comprado as casas de D. Maria Coutinha que ficavam próximas da ermida». (ARAÚJO, A. de Sousa: 20, cita SOVERAL: l. 39 vº).
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«Considerada no seu tempo a princesa mais rica herdeira da cristandade» (cf. ARAÚJO, A. de Sousa: 20-23). Usa a sua imensa riqueza para ajudar os pobres, quer em vida, quer depois da sua morte. Em 1577 faz uma relação de bens e rendimentos para apoiar os necessitados.
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O Amor Platónico de Camões pela Infanta

José Maria Rodrigues (Coimbra, 1910) dedica um estudo ao amor platónico que Camões revelava pela infanta. Vai buscar a redondilha do “perdigão que perdeu a pena” como manifestação de melancolia e sofrimento, quiçá revelando um saudosismo e lusitanismo. Atribui a Camões sentimentos dolorosos ao considerar-se infeliz por não ver retribuído o mesmo amor. Tudo parece indicar que a redondilha de melancolia e sofrimento data da época da crise portuguesa que antecede o desastre de Alcácer Quibir. Próximo dos finais da vida, Camões revela o seguinte pensamento: “morro com a Pátria” (5)

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(5) Frase citada in. "Obras de Luiz de Camões: precedidas de um ensaio biographico, no qual se relatam alguns factos não conhecidos da sua vida augmentadas com algumas composições inéditas do poeta pelo Visconde de Juromenha ...".. Francesco Petrarca. Lisboa: Imprensa Nacional, 1860, volume 1, p. 148

 «Perdigão, que o pensamento

Subio a um alto logar,

Perde a penna do voar,

Ganha a pena do tormento.

Não tem no ar, nem no vento,

Asas com que se sostenha.

Não ha mal que lhe não venha!

Quis voar a uma alta torre,

Mas achou-se desasado;

E vendo-se depennado.

De puro penado morre.

Se a queixumes se soccorre,

Lança no fogo mais lenha.

Não ha mal que lhe não venha!».

Carolina Michaëlis de Vasconcellos (6) também se dedicou ao tema dos amores platónicos de Camões pela infanta. O soneto citado por Carolina (7) é, na opinião desta filóloga, um dos que melhor caracterizam o amor não correspondido:

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(6)Carolina Wilhelma Michaëlis de Vasconcelos. Nasceu em Berlim, na altura reino da Prússia, em 1851. Faleceu no Porto, em 1925. Contudo é considerada portuguesa, quer pelo seu casamento com Joaquim António da Fonseca de Vasconcelos, quer pelo grande sentimento português, tendo mesmo dirigido a revista Lusitânia, daí o seu lusitanismo na análise da obra da Infanta e de Camões. (cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Carolina_Micha%C3%ABlis )

(7)Cf. VASCONCELOS  - A infanta D. Maria de Portugal (1521-1577) e as suas Damas Porto: 1902, p. 4

 «Doce sonho, suave e soberano,

Se por mais longo tempo me durára!

Ah! quem de sonho tal nunca acordára,

Pois havia de ver tal desengano!

Ah! deleitoso bem! ah! doce engano!

Se por mais largo espaço me enganára!

Se então a vida misera acabára,

De alegria e prazer morrera ufano.

Ditoso, não estando em mi, pois tive.

Dormindo, o que acordado ter quisera.

Olhae com que me paga o meu destino!

Emfim, fóra de mim ditoso estive.

Em mentiras ter dita razão era,

Pois sempre nas verdades fui mofino»

[mofino = desgraçado, desventurado].

Outro soneto, muito conhecido e divulgado nos estudos de José Maria Rodrigues, Coimbra, 1910 e no blogue de Montalvo é dos que mais revela a desilusão de tanto ter errado, suspirado e lamentado por erros que incluem o amor não correspondido:

«Erros meus, má fortuna, amor ardente

Em minha perdição se conjuraram;

Os erros e a fortuna sobejaram,

Que para mim bastava amor, somente.

Tudo passei, mas tenho tão presente

A grande dor das cousas que passaram,

Que já as frequências suas me ensinaram

A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o decurso de meus anos;

Dei causa a que a fortuna castigasse

As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.

Oh! Quem tanto pudesse, que fartasse

Este meu duro Génio de vinganças!»

José Maria Rodrigues classifica o poeta da epopeia como:

«[…] o genial doido, ao comparar [o próprio poeta] com o perdigão desasado, se devia recordar, com amarga saudade, do tempo, não muito afastado, em que julgava pôr o pensamento em tão alto lugar!»

«Num tão alto lugar, de tanto preço,

Este meu pensamento posto vejo,

Que desfalece nele inda o desejo,

Vendo quanto por mi o desmereço.

Quando esta tal baixeza em mi conheço,

Acho que cuidar nele é grão despejo,

E que morrer por ele me é sobejo

E mór bem para mi, do que mereço.

O mais que natural merecimento

De quem me causa um mal tão duro e forte,

O faz que vá crescendo de hora em hora.

Mas eu não deixarei meu pensamento,

Porque, inda que este mal me cause a morte,

Un bel morir tutta la vita honora.»

Neste soneto, Camões (1524-1580) reconhece a sua pequenez de estatuto social perante tão altíssimo e nobre amor, em relação à infanta D. Maria, evidenciado em: “Quando esta tal baixeza em mi conheço”.

Ainda estamos no período clássico renascentista da literatura. Camões denuncia: “[…] um mal tão duro e forte / O que faz que vá crescendo de hora em hora”. Contudo, ainda não está cansado de tanta desilusão, como no final dos seus dias. A força de vontade e um certo contentamento são evidenciados entre o grande sofrimento: “Porque, inda que este mal me cause a morte, / Un bel morrir tutta la vita honora.”

Verificamos que as descrições: física e psicológica acerca da infanta têm como base as memórias recolhidas por fr. Roque do Soveral, em "História do insigne do aparecimento de Nª Srª da Luz e suas obras", bem como as investigações de George Cardoso em "Hagiológico Lusitano", sendo o primeiro da altura do decadentismo, com a perda da independência e o segundo já depois da restauração e ainda coincidente com a estética barroca.

Outras fontes acerca da infanta são as de Norberto de Araújo em "Inventário de Lisboa" (8) e de António de Sousa Araújo - escritor na Editorial Franciscana em "O Santuário da Luz - Glória de Carnide".

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(8)Acerca deste movimento e suas reminiscências cf. ARAUJO, Ana Paula in http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/saudosismo-portugues/

      Estas descrições pendem para o lado laudatório com reminiscências de saudosismo e lusitanismo. Camões, por sua vez é destacado como o grande poeta da epopeia, o eterno apaixonado, conhecedor do ambiente da Corte mas pobre e, nos finais, caído na desgraça, juntamente com a Pátria.

José Maria Rodrigues e Carolina Michaëlis de Vasconcellos analisaram a vida e obra de Camões entre finais do século XIX e primeiro quartel do século XX, também num tempo de saudosismo e lusitanismo.

Nota final: para quem estiver interessado, a freguesia de Carnide preserva marcas físicas e memoriais referentes à infanta, desde a sua sepultura, legendas, brasão, um retrato no retábulo esquerdo do cruzeiro da igreja e documentação afim.

Fontes:

-ANCIÃES, Alfredo Ramos – Alma e Luz de Carnide. Lisboa: Apenas Livros, 2013

-ARAÚJO, António de Sousa – O Santuário da Luz – Glória de Carnide. Lisboa - Braga: Paróquia de Carnide (Edit.); Oficinas Gráficas da Livraria Editora Pax. Ldª (Imp.), 1977

-ARAÚJO, Norberto de – Camões não foi bem como Aquilino o viu “conferência proferida na Camara Municipal de Lisboa, 4 de Julho de 1949

------------- – Inventário de Lisboa. Lisboa: 1955

-CARDOSO, George – Hagiológico Lusitano, II, Lisboa: 1657

-O Instituto, nº 63 (1916)

-SOVERAL, Fr. Roque do - História do insigne aparecimento de Nª Srª da Luz e suas obras. Lisboa: 1610

-VASCONCELOS, Carolina Michaëlis - A infanta D. Maria de Portugal e as suas Damas. Porto: Edição facsimilizada da Typ. a Vapor Arthur José de Souza, 1902
Em linha acedidas em 23.4.2015 e 31.05.2017:

--ANCIÃES, Alfredo Ramos “41 Portugal Amores e Patrimónios Lusófonos Comunicados”



--ARQNET, et al. - “Maria (D.). Infanta de Portuga” http://www.arqnet.pt/dicionario/maria_inf7.html);



--CAMÕES, Luís de; Jornal de Poesia et al. -  http://www.jornaldepoesia.jor.br/camoes80.html

--PORTAL SÃO FRANCISCO et al . - “Doce Sonho Suave e Soberano”


--RODRIGUES, José Maria - “Camões e a Infanta D, Maria...”  https://archive.org/stream/cameseinfantad00rodruoft/cameseinfantad00rodruoft_djvu.txt;

--RODRIGUES, José Maria et al. - “Camões e a Infanta D. Maria: Parte I” - http://montalvoeascinciasdonossotempo.blogspot.pt/2010/08/camoes-e-infanta-d-maria-parte-i-o-meus.html;

--VASCONCELOS, Carolina Michaelis de -“Infanta D. Maria de Portugal (1521-1577) e as suas damas” http://montalvoeascinciasdonossotempo.blogspot.pt/2011/09/infanta-d-maria-de-portugal-1521-1577_29.html

--WIKI.. et al. -  “Maria de Portugal, Duquesa de Viseu; ” http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_de_Portugal,_Duquesa_de_Viseu
--WIKI.. et al. - Imagem da Infanta D. Maria de Portugal, 6ª duquesa de Viseu in http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_de_Portugal,_Duquesa_de_Viseu#/m...

2 comentários:

  1. nada prova que Camões tenha tido um amor platónico pela Infanta, é uma fantasia pseudo-historiográfica

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  2. Caríssima Maria Ribeiro. Não se pretende aqui provar essa ligação platónica. Cada um, com a documentação disponível, original ou de investigações interligadas tirará as suas próprias conclusões. Neste tema, como em muitos outros, não se pode provar como 1 + 1 ser igual a dois, tal como não ninguém poderá provar que esse amor "platónico", reitero "platónico" não existiu. Camões viveu nesse tempo, viu, certamente, a infanta e ouviu, certamente, falar muito dela porque não era possível não ouvir falar com a obra implementada/financiada pela mesma infanta. Depois há os seus versos e cada um é livre de acreditar se Camões não terá pensado numa ligação apenas ideal.

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