Com a luta, a indignação e até com alguma desordem, no entremeio do processo de instalação, adaptação e afirmação, o Bairro torna-se famoso. Da desordem de outrora nasce um sentimento novo.
Quem diria que este território, da ex Quinta do Mocho, na nova versão "Terraços da Ponte", é atualmente visitado por gente de várias geografias.
A população é colaboradora
e, em comutação, é presenteada pela arte, as visitas, o investimento e os festivais, como
o exemplo de “O Bairro i o Mundo”.
A turma de Bens
Culturais da Universidade Sénior de Massamá e Monte Abraão (USMMA) – foi
recebida pela técnica autárquica Andreia
Patrícia Santiago.
Além deste quadro técnico, há moradores que fazem visitas guiadas e, se solicitados,
fazem animação e gastronomia originária das várias pessoas e geografias que habitam
o Bairro.
O Kali e a Ema (Emanuela) têm um projeto
turístico-empresarial designado Kallema. Também os populares Kedy, Giovani e o Deydey exercem a função de guias.
A toponímia na
urbanização resume-se, ou resumia-se, até há pouco tempo, a quatro nomes,
embora existam mais arruamentos e largos não denominados.
Os 4 nomes característicos resumem as preferências do
contexto histórico do Bairro:
---»Rua dos Combatentes (sem distinção do lado em que
combateram);
---»Rua Agostinho Neto (médico, político, lutador pela
independência, escritor e primeiro Presidente de Angola);
---»Rua Pero Escobar (navegador e co-descobridor português
das Ilhas de São Tomé, Príncipe e Ano-Bom);
---»Avenida Amílcar Cabral (político, agrónomo, lutador
pela independência e democracia de Cabo Verde e Guiné-Bissau;
anticolonialista e escritor).
Os Terraços da
Ponte são hoje uma mais-valia para a Junta de Freguesia e a Casa da Cultura de
Sacavém e vice-versa.
Os moradores
sentem-se apoiados pela autarquia, pelas políticas sociais e pelos artistas, o que tem dado especial contributo para a cidadania e a paz.
Em Fevereiro de
2020 fomos guiados pelos moradores/colaboradores da Câmara Municipal de Loures:
A Elsa e o Kedi. Em nome da turma e da
Universidade, o nosso obrigado.
O Kali e a Ema (Emanuela), como autores do projeto empresarial familiar, recebem os visitantes com estimado esmero.
O presente
desdobrável informativo, que aqui plasmamos, muito bem elaborado e francamente útil, foi-me
gentilmente oferecido pelo Kali quando realizávamos uma visita.
O Kali
abordou-me, educada e simpaticamente, interrompendo momentaneamente o percurso guiado que fazia a alguns turistas. Mantivemos ali, no palco da rua, uma ligeira conversa; elucidou-me
com informação e respondeu às questões que lhe coloquei. Aqui renovo o meu obrigado
ao Kali.
O Giovani e o Deydey também são ótimos guias.
Por sua vez, a Tamara Alves, o Moami, o Slap, o Vhils, o Sérgio Odeith,
o Adres, o Bordalo II (bisneto de Rafael Bordalo Pinheiro), o Miguel Brum, o Marcelo Gomes e o Pantónio são artistas de nacionalidade portuguesa com destaque
nas técnicas da arte ao ar livre.
Parabéns
a todos os colaboradores que têm contribuído para um novo espírito de vivência com sentimento
bairrista de cidadania e pertença.
A arte é, sem dúvida, um dos veículos que contribui
para o desenvolvimento e a cimentação social na Quinta do Mocho, hoje harmonizada
e integrada na nova versão "Terraços da Ponte" .
Palavras-chave:
cidadania, galeria ao ar livre, grafite, Loures, Sacavém, Terraços da Ponte.
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