quinta-feira, 29 de junho de 2017

165 A “PROVIDENCIAL BARATA” E OS PEDRÓGÃOS


001

«Costa admite indemnizar vítimas» se tiver provas de que o Estado foi culpado pelas tragédias dos incendidos de junho 2017.

É este o título e a ideia, expressos no C.M. pág. 1 que nos remete para as páginas 24, 25 e 48 (a) do dia 29.06.2017 e para a imprensa que tem tratado o tema.

002

(a)”Sebastião sabe pouco” (titulo). […] “Depois, Abrantes conhecia bem a política portuguesa. Já Pereira, não percebe nada disto. Achar que Costa tem a carreira em perigo só porque morreram 64 pessoas, é não conhecer a sua tenacidade. Houvesse um holocausto nuclear e sobreviviam a proverbial barata e o nosso PM. Que imediatamente, trataria de culpar a barata pela destruição.” (José Diogo Quintela in C. M. 29.06.2017, p. 48)  

003

Seria interessante contar com a verdade e a possibilidade deste raciocínio. Contudo o Senhor Primeiro-ministro conhece bem o sistema em que “ora e labora”.

O Primeiro-ministro sabe que no estado em que nos encontramos não lhe é fácil cumprir as promessas de indemnizar, e rapidamente, como refere, as vítimas dos incêndios de 2017.

004

Como bem diz o José Diogo Quintela in C.M., p 48, 29.06.2017 «a proverbial barata” tornar-se-á a única culpada das negligências, do deixa andar.

Se Sua Exª o Primeiro-ministro de Portugal deseja ter provas. Não é preciso vasculhar muito nos arquivos e nas “comissões de inquérito”, arrastando Pessoas e Tribunais.

005

Apenas terão de investigar os discursos dos presidentes de Câmara dos concelhos do Interior e verificar que os anseios, as políticas ambientais, as promessas e os planos não foram cumpridos neste Governo, nem nos antecessores, resultando em prejuízo para a Nação e para o Estado.

Verifiquem que as populações do interior e das regiões periféricas aos regimes não tiveram alternativas viáveis senão sair para o litoral e para os países que lhes deram garantias de prosseguir as suas vidas e as dos que deixaram nas suas terras natais. Neste aparte o Senhor Primeiro-ministro sabe que “o Estado a que chegámos” é produto do abandono do interior e das zonas periféricas.

006

Já está demonstrado:

-que o Estado não cumpriu bem o seu papel de administrador e regulador;

-que os culpados não limparam as matas;

-que se contam pelos dedos das mãos as multas aos que não limparam a sua parte;

-que os responsáveis gerais pela ordenação do território, floresta e pasta da agricultura são os Governos.



007

O senhor Primeiro-ministro sabe e, se calhar, desde há décadas, que o Estado deveria se substituir aos proprietários que não têm condições ou não querem limpar ou ordenar propriedades. Logo, o Estado e os Governos são os principais e primeiros culpados.

Deste modo não precisa de mais provas que se substituam às “proverbiais baratas” expiatórias. O caminho está facilitado para agir. Querendo, poderá ser uma pedra basilar para mudar o status caótico e homicida para um status mais justo, mais amigo do ambiente, do território e das pessoas.

008

Caríssimo Sr. Primeiro-ministro,

-primamos para que a verdade o proteja, agora e sempre,

-para que os Portugueses dignos do nome sejam os beneficiários das políticas;

-para que os egoísmos sejam os perdedores;

-para que a verdade, os lusófonos, os portugueses, os amigos do território e do ambiente sejam os vencedores.

Senhor Primeiro-ministro, querendo poderá ajudar a mudar o ambiente de Portugal, de “pedrogãos pequenos” para Pedrógãos Grandes, Fratrimoniais e Luminosos.

Com um Abraço.
Palavras-chave: 2017, Ambiente, Incêndios, Pedrógão Grande, Ordenamento do Território
Iconografia de Pedrógão Grande. Arq. pessoal AA, junho 2017

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