Materializa-se
em ações antecipadas de proteção
jurídica/legislativa e diretamente sobre as peças físicas, ou não tangíveis (imateriais)
para que um determinado património não corra perigos de furto, roubo,
vandalismo, dispersão, abandono e degradação.
A
salvaguarda implica estudo e, se possível, a classificação dos bens nas instituições
de proteção do património. Deve
agir-se, tão breve quanto possível, sobre os bens que estão em perigo real, ou
previsível. Deve ter-se em conta os fatores de segurança, o tempo
meteorológico, os trabalhos/obras e até os modelos económicos e políticos
desfavoráveis; exemplo: o excesso de liberalização económica que leva ao
desleixo e à privatização dos bens de interesse público.
A
salvaguarda revela-se frequentemente em S.O.S. na medida em que se apresenta
como ação urgente.
A
salvaguarda é a ação ou ações de salvar em primeiro lugar, acrescida
das ações de guardar / vigiar e proteger.
Vídeo gentileza chavestv1; You Tube et al – "Museu das Termas Romanas-Chaves"
O caso
da salvaguarda do “Balneário Romano em Chaves” constitui um conjunto de ações
típicas e plenas, na medida em que permite salvar todas as peças patrimoniais reveladas.
Casos houve, como o do achado do Palácio do 1º Marquês de Marialva e 3º Conde de Cantanhede (a) sob o Largo de Camões em Lisboa que constituiu, em minha opinião, uma salvaguarda minguada na medida em que foram recolhidas algumas peças nas escavações mas relativizou-se o conjunto do edificado arqueológico.
Idem
para o “Fundeadouro Romano de Olisipo”
sob a Praça de D. Luís I e também em relação ao Largo do Coreto de Carnide (oficialmente chamado Rua Neves Costa) entre outros casos, onde a pressão económica e/ou a
urgência em prosseguir as obras projetadas terão acabado por atenuar o valor
patrimonial e consequentemente os trabalhos arqueológicos.
Casos houve, como o do achado do Palácio do 1º Marquês de Marialva e 3º Conde de Cantanhede (a) sob o Largo de Camões em Lisboa que constituiu, em minha opinião, uma salvaguarda minguada na medida em que foram recolhidas algumas peças nas escavações mas relativizou-se o conjunto do edificado arqueológico.
A proposta de musealização, também entra
no âmbito da salvaguarda, incluindo a deslocação dos objetos encontrados,
especialmente os mais sensíveis para outros locais com melhores condições.
À
salvaguarda prosseguir-se-ão ações de estudo,
organização, conservação preventiva,
restauro, divulgação, exposição e comunicação.
Trata-se
de uma nova descoberta de termas romanas na cidade de Chaves com estruturas
encontradas em bom estado de conservação por se ter dado o acaso de
soterramento súbito devido à ocorrência de um sismo há cerca de dezassete
séculos.
A
Câmara Municipal interveio imediatamente após a descoberta, aquando das obras
para um parque de estacionamento automóvel. Desde logo foi notado o relevante
valor social do achado e prosseguiram-se as escavações arqueológicas.
Após
cerca de dez anos de intervenções, parece aproximar-se o momento da abertura ao
público de mais um equipamento museológico considerado raro em todo espaço do
antigo Império Romano.
Tal
como em Pompeia, ainda que por motivos diferentes (num caso a erupção de um
vulcão e no outro um abalo sísmico), o acidente natural permitiu encontrar
esqueletos humanos e peças em contexto. Contudo após a alteração das condições
que permitiram a conservação in situ
torna-se necessário acondicionar, conservar e eventualmente restaurar as
peças do ex edificado e as móveis, tais como: “anéis, pulseiras” e espólio diverso.
Além de
todo o trabalho de salvaguarda prevê-se abrir um museu no local com a ajuda a
fundos comunitários. Este equipamento poderá, em minha opinião, juntar-se
a outras estruturas termais, junto ao rio Tâmega, também provenientes do Império
Romano e que já eram previamente conhecidas, contudo sem a monumentalidade dos
recentes achados.
Outra
peça ou núcleo museólogo que se lhe
poderá juntar é a ponte romana local, integrando os patrimónios com relação, entre
si, no contexto temporal e social.
Este conjunto de património da época romana poderá ser complementado com acréscimo de informação, como se de um museu polinucleado
se tratasse. Permitirá às populações locais e aos visitantes um redobrado
interesse.
O estudo detalhado deste espólio, turismo, ecomuseologia e economuseologia poderá, eventualmente, apontar para a reposição da funcionalidade termal do património e equipamento em referência.
Tags: Chaves, Lisboa, musealização, património, salvaguarda
Fontes:O estudo detalhado deste espólio, turismo, ecomuseologia e economuseologia poderá, eventualmente, apontar para a reposição da funcionalidade termal do património e equipamento em referência.
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(a) O Marquês de Marialva, António Luís de Meneses foi o patrocinador e financiador do Convento e comunidade de São Pedro de Alcântara (Lisboa) como voto de agradecimento por ter ganho a Batalha dos Montes Claros, ligada ao movimento de Restauração da independência de Portugal.
Tags: Chaves, Lisboa, musealização, património, salvaguarda
Outras fontes, acedidas em 11.01.2017:
-DN
Artes, et al - «Sismo
"congelou no tempo" balneário romano em Chaves», - http://www.dn.pt/artes/interior/sismo-congelou-no-tempo-balneario-romano-em-chaves-5444320.html , 5.10.2016 ;
--------
«Chaves
candidata-se a 800 mil euros da Europa para fazer museu» http://www.dn.pt/artes/interior/chaves-candidata-se-a-800-mil-euros-da-europa-para-fazer-museu-5444504.html, 15.10.2016 ;
-IGESPAR,
I.P. Extensão de Trás-os-Montes et al
– «Balneário Termal Romano (Chaves)» http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/arqueologiapreventivaedeacompanhamento/chaves.pdf , sd.;
-chavestv1; You Tube et al – Museu das Termas Romanas-Chaves https://www.youtube.com/watch?v=iCiaAuIB5Xk
À salvaguarda prosseguir-se-ão ações de estudo, organização, conservação preventiva, restauro, divulgação, exposição e comunicação.
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