(001 Desenho do autor (Rocha
Beirão)
no poema Amor Clandestino)
no poema Amor Clandestino)
Inspirado
em dois Miguéis ibéricos - Torga e Unamuno sobre quem Carranca (de seu nome
completo - Carlos Alberto Carranca de Oliveira e Sousa - pseudónimo Rocha
Beirão).
Carranca realiza uma tese de doutoramento à qual se entrega durante cerca de
duas décadas.
Estava
eu a arrumar e reorganizar o meu arquivo/biblioteca, quando reencontrei, após
quase 30 anos, um livrinho do professor e poeta.
O
título dá pela denominação: «à procura do amor perdido». A edição
é do autor e está impressa pelas Artes Gráficas, Lisboa, 1982.
(002 página de rosto e
apresentação por Isabel Risques)
(003 Prefácio de Eduardo Aroso)
Foi
preciso amadurecer no tempo e passar pela inspiração da museologia, onde a
poesia tem um lugar peculiar. É esta museologia holística que não se esquece das
origens da Grécia Clássica, como fonte inicial, ainda que remota e algo
lendária, onde a poesia é género literário de excelência.
A
personalidade de um tal Museion,
iniciador da museologia, também cultor da música
(cujo termo derivará de Museion) e da
poesia. Museion andava de Terra em Terra partilhando saberes, inspirações e
conhecimentos. Também Carlos Carranca desenvolve a sua obra poética e interpretação
musical; difunde-a em vários locais, desde a Universidade, Escolas, Teatro, Autarquias, Associações em que é solicitado; na sua clássica Coimbra, na Lousã - terra
que lhe é muito querida, nas Terras de Torga e de Unamuno … e nas redes
sociais em linha.
A
matriz “telúrica/espiritual» denota-se, por exemplo, no pequeno mas
interessante volume «à procura do amor
perdido».
No percurso inicial de Carlos Carranca já se assinalam as referências à terra, ao sol, ao tempo, à guitarra, à lua, ao erotismo e ao sexo sublime.
No percurso inicial de Carlos Carranca já se assinalam as referências à terra, ao sol, ao tempo, à guitarra, à lua, ao erotismo e ao sexo sublime.
(004 Uma das apresentações
do próprio autor “Imortalidade do poeta”)
Carlos
Carranca (Rocha Beirão) apresenta-se como que pertencendo a dois mundos. Um: preso
à terra, ao material, à sexualidade. Um outro: porventura inspirado numa esfera
de gnosticismo, espiritualidade, sexo sublime e amor.
A
recorrência ao amor chega a ser:
«AMOR
CANDESTINO
A
minha mão na tua /
E
um segredo a enlaçá-las /
Como
se a paz /
Nos
habitasse /
Amor…
/
Se
a noite vier nos teus cabelos /
Há-de ser luar. /
E
mesmo que escura /
A
noite /
Encontrar-me-á
absorto /
No
limite sublime das estrelas /
Onde
o teu beijo principia.»
O
poema é acompanhado com o desenho, risco do próprio autor (v. imagem supra) e assinado sob o
pseudónimo R[ocha] B[eirão]. Assinatura esta - terminada em
traço ondulante e vigoroso, produto de juventude e do seu prevalecente espírito
romântico.
Os
meus parabéns ao amigo e colega de Faculdade.
Tags: à procura do amor perdido, Carlos Carranca, museologia holística, poesia,
Rocha Beirão, romantismo
………………………..
Fontes bibliográficas:
- CLAUDON, Francis; PUGA,
Armandina Henriques, et al. (trad.) –
Enciclopédia do Romantismo. S. L. Companhia
Editora do Minho, 1986
- Rocha Beirão - à procura do amor perdido. Lisboa: edição
do autor, Outono 1992 (poesia)
Fontes em linha acedidas em
26.07.2018
- Notícias de Coimbra “Carlos
Carranca apresenta Ibéria na casa de Miguel Torga” -
https://www.noticiasdecoimbra.pt/carlos-carranca-apresenta-iberia-na-casa-de-miguel-torga/
- SOUSA, Carlos Alberto
Carranca de Oliveira e “Portal da Literatura” https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=27
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