sábado, 19 de outubro de 2013

Marcas na Beiraltíssima: Terras do Demo e de Magriço - Preparação de Visita

Palavras chave: Aquilino Ribeiro; Arquitetura românica; Castelos da Beira; Correio antigo; Frei Roque do Soveral; João Rodrigues “Tçuzu”; Magriço; Marialva; Marquês de Pombal; Moimenta da Beira, Penedono; Sernancelhe; Telegrafia heliográfica; Trancoso.

Objetivos: Conhecer patrimónios, de forma a que possamos fruí-los e retransmitir a informação aos nossos familiares e amigos. Porventura já todos vimos, algures na televisão, ou ouvimos falar do património em referência, mas isso não resultou em verdadeiro acumular de saber, talvez devido à velocidade com que nos passaram as imagens e as palavras.  


Privilegiando o conhecimento adquirido in loco, visitaremos, aldeias, vilas, casas, museus, bibliotecas, castelos, conventos, igrejas, casas de câmara, pelourinhos, cadeias antigas, etc. Falaremos, nos locais apropriados, sobre Magriço (Álvaro Gonçalves Coutinho) e da sua família – os Fonseca/Moura/Coutinhos, bem como abordaremos o nome de João Rodrigues (Tçuzu “O intérprete”), autor do primeiro dicionário japonês-português (ca. 1603) e também da primeira gramática da língua nipónica (ca 1604), bem como de uma História do Japão.  


Teremos umas palavras sobre frei Roque do Soveral, natural de Sernancelhe, que escreveu a primeira História do Santuário da Luz, foi Geral da Ordem de Cristo em Tomar e pregador notável, entre outros atributos. Em frente às Casas dos Carvalhos, em Sernancelhe, falaremos da família do Marquês de Pombal e do solar dos Carvalhos, onde o próprio Marquês, antes de o ser, viveu com seu avô, não sendo, porém, certo que ali tenha nascido.


Aquilino Ribeiro será evocado frente à casa onde nasceu (Carregal-Sernancelhe), ou na sede da Fundação que tem o seu nome, situada a alguns quilómetros da terra natal (Soutosa-Moimenta da Beira). Falaremos de personalidades e do tempo da arquitetura românica (igrejas, castelos, pontes) no povoamento, reconquista e forais que estiveram na base da independência e da autonomia das populações. Haverá referências ao transporte e distribuição de correio rural, a pé e a cavalo, bem como às linhas heliográficas que serviram as terras da Beira e Trás-os-Montes.


Será distribuída, à partida ou no local, informação que documentará com mais pormenor o percurso. Se perguntarmos à maioria das pessoas quem era o Magriço, provavelmente não nos saberão dizer muita coisa e, no entanto, acerca deste cavaleiro podemos tecer informação sobre o espírito cavalheiresco; a lealdade, mas também podemos relacionar com a aventura, o desejo de conhecimento de outras terras e de outras gentes, tal como Camões no-lo deu a conhecer.


Alfredo Ramos Anciães, Sintra, 2013

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