quinta-feira, 7 de julho de 2016

39.A PÁSCOA. O SINAL + A PASSAGEM E A COMUNICAÇÃO

39.A PÁSCOA. O SINAL + A PASSAGEM E A COMUNICAÇÃO

O sinal + está difundido pelas mais diversas localidades no mundo. Sob o ponto de vista artístico, milhares ou milhões de modelos de cruzes e cruzeiros, apresentam interesse cultural e civilizacional, bem como museológico, documental e comunicacional, para lá do símbolo da fé de mais de um bilião de pessoas.

(imagem AA da torre da Igreja da Paróquia de São Pedro de Caneças, abril, 2015)

Podemos também encontrar cruzes em casas de quase todo o Portugal, onde se refugiaram e/ou instalaram as comunidades judaicas, especialmente em Abrantes, Aguiar da Beira, Alenquer, Algodres, Alvaiázere, Alvito, Ansião, Arganil, Armamar, Almeida, Arronches, Aveiro, Batalha, Beja, Belmonte, Borba, Boticas, Braga, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Castanheira de Pera, Castelo Branco, Castelo de Paiva, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Chaves, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Condeixa-a-Velha, Covilhã, Crato, Estremoz, Évora, Faro, Felgueiras, Figueiró dos Vinhos, Funchal, Fundão, Gois, Gondomar, Gouveia, Guarda, Idanha-a-Nova, Lamego, Lisboa, Linhares da Beira, Mangualde, Marco de Canaveses, Mértola, Miranda do Douro, Moura, Óbidos, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Ponta Delgada, Sabugal, Seia, Serpa, Setúbal, Penafiel, Penamacor, Pinhel, Porto, Santo Tirso, Serpa, Tabuaço, Terras de Bouro, Tomar, Torres Vedras, Tondela, Trancoso, Mação, Manteigas, Marvão, Mértola, Moimenta da Beira, Monchique, Monsaraz, Leomil, Lousã, Oleiros, Pedrógão Grande Penedono, Penela, Portalegre, Ponte de Sor, Régua, Santa Comba Dão, São João da Pesqueira, Portel, Nisa, Santarém, Sardoal, Sernancelhe, Serpa, Silves, Sintra, Sortelha, Tavira, Trofa, Valpaços, Viana do Castelo, Viana do Alentejo, Vidigueira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Paiva, Vila Nova de Poiares, Tondela, Torre de Moncorvo, Paços de Ferreira, Vila Real, Vila Viçosa, Viseu, entre várias outras localidades.   



“Nada acontece por acaso” dizem algumas vozes. Em tempos recebi uma mensagem com esta expressão (entre as aspas). O pps (power point slideshow) vinha acompanhado com uma série de fotogramas de pessoas que transportavam cada uma a sua cruz. Entre essas pessoas havia uma que achava que a cruz lhe era demasiado pesada e disse:

 
- “Senhor [esta cruz] está muito pesada,
Vou cortar um pedaço”.
E cortou.
Não tardou e exclamou novamente:
- “Senhor - cortei um pedaço da cruz …
Assim poderei carregá-la melhor”.
Mais adiante agradeceu por ter transportado uma cruz levezinha. Apenas dois pequenos pedaços de cruz. Entretanto encontrou no caminho uma vala que não pôde ultrapassar. E ouviu uma mensagem:
-“Use a cruz como ponte;
Atravesse e siga em frente...”.
E observou que todos os companheiros ultrapassavam os obstáculos, aceitando o peso e o tamanho das suas próprias cruzes, que lhes serviam para ultrapassar obstáculos.
O portador da cruz em miniatura entrou em pânico e depressão por, em determinada altura, não poder prosseguir viagem.
Verificou que a cruz pequenina não lhe servia de ponte.
&
A Páscoa simboliza passagem (1) e comunicação. Tocam os sinos das aldeias e na visita a cada casa é dada a beijar a cruz com a expressão da alegria - "aleluia, aleluia" resumindo um tempo novo de esperança.
Na História de Portugal poderíamos evocar o dia 22 de abril do ano 1500 em que Pedro Álvares Cabral avista um monte. Era época pascal e, por isso, lhe deu o nome Monte Pascoal, atribuindo o sinal da esperança às terras brasílicas ou de Vera Cruz. Esse sinal ficou representado com a colocação da cruz.
Quando se deu o avistamento do denominado Monte Pascoal no atual Estado da Baía, seguiu-se o primeiro encontro de povos de vivências diferentes, entre índios e europeus. Pero Vaz de Caminha foi o autor da descrição desses momentos, em carta ao rei d. Manuel I. 
No próximo dia 22 de abril (pequena capicua) faz 515 anos (outra capicua) da chegada ao Brasil e a celebração da primeira missa no continente sul-americano, junto a uma cruz improvisada. Seguiram-se abordagens primeiras: pacíficas, científicas, etnográficas e filosóficas.
Desejo a todos uma ótima passagem para e pela Páscoa. Que:

A cruz de todos os dias
seja positiva, de sinal +,
servindo de passagem
para um futuro promissor
comunicante e acolhedor.

(1) Passagem: Nos sentidos de mudança de fase, etapa, período, estação, ressurgimento e ressurreição. No hemisfério Norte significa também a passagem do frio e recolhimento para a realização de viagens, passeios, praias, florescimento da Natureza. 

Fontes:

P.S. Devido à indisponibilidade (temporária?) da plataforma dos blogs do Jornal Sol, os links das fontes infra não deverão funcionar. Peço desculpa (não sendo a culpa minha) por tal inconveniente. Contudo, oportunamente, tenho esperança de poder aceder aos conteúdos, através de rascunhos pessoas quando tiver tempo de os procurar.
Veja, pois, o poste atual poste, ainda que limitado de fontes.

-O sinal + (cruz ou mais) - Lucas 9,23-24

Em linha, acedidas em 4.4.2015:

-A Páscoa o Humanismo e o Elogio da Loucura inhttp://comunidade.sol.pt/blogs/alfredoramosanciaes/archive/2010/03/...

Uma pequena lista representativa de localidades onde podemos encontrar cruzes em casas de Judeus e ou Cristãos Novos:


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