quinta-feira, 30 de junho de 2016

78. MINHAS MEMÓRIAS DO MUSEU CTT DAS COMUNICAÇÕES / FUNDAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES


DA PRÉ-ORGANIZAÇÃO DE DOIS SUB-NÚCLEOS E REFLEXÕES PARA UMA FUTURA GESTÃO DOCUMENTAL

(resumo do meu estágio em arquivo / estudo de caso)

 http://api.ning.com/files/G2CKIth2wO1CH-IP*Q8m55t4y5UCKfA-PcQC3AKFnrulF1xt9-wcsB51beO98sbX2o-peeD5g9GIfHH44j2tliW63d7IWxVH/001AAftcerca19901991.jpg

(foto digitalizada, contemporânea ao estágio/estudo de caso)

 

Alfredo Ramos Anciães
Odivelas / Lisboa, 1991/1992

 

Foram coordenadores e examinadores do estágio: A professora drª Judite Paixão e o professor mestre (hoje doutor) José Subtil da parte da Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, docentes no curso de especialização em arquivos; especialista em documentação e informação, a saudosa drª Júlia Saldanha, da parte do Centro de Documentação e Informação dos CTT. O estágio teve início em 1991 e foi concluído em 1992. Resultou numa edição policopiada.

 

NOTA / INTRODUÇÃO

A organização, o tratamento e a informatização da documentação requerem conhecimentos sobre as instituições produtoras, as séries, subséries, colecções e tipologias documentais. Quando não se dispõe de planos de classificação, guias, inventários nem catálogos; a organização, o tratamento e a informatização devem assentar noutras metodologias de apoio e pesquisa. A metodologia que adoptei foi a seguinte:

Aproveitei os conhecimentos prévios da empresa CTT, como motorista do correio e formação em técnico de exploração (TEX / CTT); recorri a estudos sobre a história, a estrutura e os órgãos produtores de documentação, contactei pessoas com conhecimentos técnicos da documentação e da forma como as consultas e os pedidos de empréstimos costumavam ser feitos. Simultaneamente, a estes processos de estudo comecei com o tratamento, na prática, de alguns documentos em dois subnúcleos que não estavam bem definidos: o subnúcleo de documentação puramente técnica e o subnúcleo de documentação técnico-administrativa. Organizei nestes subnúcleos (até àquela data desprezados por a utilidade ser mínima ou quase nula) algumas séries, subséries e colecções. Reuni documentação dispersa com a mesma orgânica, respeitando a informação da origem. Apurei as proveniências e a consequente relação da documentação com as peças museológicas/tridimensionais do património.

I

ORGANIZAÇÃO CTT E MUSEU. PONTO DE PARTIDA

 

Em primeiro lugar apresentei uma representação funcional do Museu CTT das Comunicações (hoje integrado no Museu das Comunicações / Fundação Portuguesa das Comunicações) na perspectiva documental. Em seguida abordei a tramitação da documentação. Em terceiro fiz um diagnóstico da área de património museológico de telecomunicações, apresentei uma perspectiva do tratamento, preservação, e produção documental. Em quarto lugar apresentei as estruturas organizacionais e os marcos mais importantes da História da empresa CTT. Em quinto lugar dei a conhecer com mais pormenor o museu, para onde o repositório memorial/patrimonial da empresa é canalizado, tratado e dado a conhecer através de exposições e edições.

 

Observação: Os TLP – Telefones de Lisboa e Porto foram uma empresa importante nas duas áreas urbanas da Grande Lisboa e Grande Porto, porém, à data em que realizei o estágio apenas decorriam os estudos que levariam à fusão na futura TP – Telecom Portugal e depois PT – Portugal Telecom. Os TLP tinham um proto museu próprio. Não obstante a existência no Museu CTT das Comunicações de um pequeno núcleo de peças dos TLP, incorporadas na altura em que existiu um Conselho de Administração conjunto às duas empresas; a relação ficou-se na altura por aí, apenas foram transferidas escassas dezenas de peças que não vieram acompanhadas do historial. Em relação à Marconi, também não havia integração na altura e a teledifusão era um serviço da RTP, antes de ser constituída a TDP – Teledifusora de Portugal, que também foi fundida na TP, depois PT. Logo, o estágio, não se reporta a estas últimas organizações, apenas aos patrimónios dos CTT – Correios Telégrafos e Telefones ou Correios e Telecomunicações de Portugal, como consta nalguns documentos.

 

Tags: Museu das Comunicações, história, organização, gestão documental

(continua em próx. post)

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