DA PRÉ-ORGANIZAÇÃO DE DOIS SUB-NÚCLEOS E REFLEXÕES
PARA UMA FUTURA GESTÃO DOCUMENTAL
(resumo do meu estágio em arquivo / estudo de caso)
(foto digitalizada, contemporânea ao estágio/estudo de
caso)
Alfredo Ramos Anciães
Odivelas / Lisboa, 1991/1992
Foram coordenadores e examinadores do estágio: A
professora drª Judite Paixão e o professor mestre (hoje doutor) José Subtil da
parte da Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, docentes no curso de
especialização em arquivos; especialista em documentação e informação, a
saudosa drª Júlia Saldanha, da parte do Centro de Documentação e Informação dos
CTT. O estágio teve início em 1991 e foi concluído em 1992. Resultou
numa edição policopiada.
NOTA / INTRODUÇÃO
A organização, o tratamento e a informatização da
documentação requerem conhecimentos sobre as instituições produtoras, as
séries, subséries, colecções e tipologias documentais. Quando não se dispõe de
planos de classificação, guias, inventários nem catálogos; a organização, o
tratamento e a informatização devem assentar noutras metodologias de apoio e
pesquisa. A metodologia que adoptei foi a seguinte:
Aproveitei os conhecimentos prévios da empresa CTT,
como motorista do correio e formação em técnico de exploração (TEX / CTT);
recorri a estudos sobre a história, a estrutura e os órgãos produtores de
documentação, contactei pessoas com conhecimentos técnicos da documentação e da
forma como as consultas e os pedidos de empréstimos costumavam ser
feitos. Simultaneamente, a estes processos de estudo comecei com o
tratamento, na prática, de alguns documentos em dois subnúcleos que não estavam bem definidos: o subnúcleo de documentação puramente técnica e o subnúcleo de documentação técnico-administrativa. Organizei nestes subnúcleos (até àquela data desprezados por a
utilidade ser mínima ou quase nula) algumas séries, subséries e colecções.
Reuni documentação dispersa com a mesma orgânica, respeitando a informação da
origem. Apurei as proveniências e a consequente relação da documentação com as
peças museológicas/tridimensionais do património.
I
ORGANIZAÇÃO CTT E MUSEU. PONTO DE PARTIDA
Em primeiro lugar apresentei uma representação
funcional do Museu CTT das Comunicações (hoje integrado no Museu das
Comunicações / Fundação Portuguesa das Comunicações) na perspectiva documental.
Em seguida abordei a tramitação da documentação. Em terceiro fiz um diagnóstico
da área de património museológico de telecomunicações, apresentei
uma perspectiva do tratamento, preservação, e produção documental. Em quarto
lugar apresentei as estruturas organizacionais e os marcos mais importantes da
História da empresa CTT. Em quinto lugar dei a conhecer com mais pormenor o museu,
para onde o repositório memorial/patrimonial da empresa é canalizado, tratado e
dado a conhecer através de exposições e edições.
Observação: Os TLP – Telefones de Lisboa e Porto foram
uma empresa importante nas duas áreas urbanas da Grande Lisboa e Grande Porto,
porém, à data em que realizei o estágio apenas decorriam os estudos que
levariam à fusão na futura TP – Telecom Portugal e depois PT – Portugal
Telecom. Os TLP tinham um proto museu próprio. Não obstante a existência no
Museu CTT das Comunicações de um pequeno núcleo de peças dos TLP, incorporadas
na altura em que existiu um Conselho de Administração conjunto às duas
empresas; a relação ficou-se na altura por aí, apenas foram transferidas
escassas dezenas de peças que não vieram acompanhadas do historial. Em relação à Marconi, também não havia integração na altura e a
teledifusão era um serviço da RTP, antes de ser constituída a TDP –
Teledifusora de Portugal, que também foi fundida na TP, depois PT. Logo, o
estágio, não se reporta a estas últimas organizações, apenas aos patrimónios
dos CTT – Correios Telégrafos e Telefones ou Correios e Telecomunicações de
Portugal, como consta nalguns documentos.
Tags: Museu das Comunicações, história, organização,
gestão documental
(continua em próx. post)
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