001 Bandeira da UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - integrada na ONU
O
que é e para que serve a Museologia Social.
Este
tipo de museologia começa a dar os primeiros passos nas décadas de sessenta e
setenta do século XX.
Sobre
o conceito de Museologia Social:
«[…] A instituição distante, aristocrática, olimpiana,
abcecada em apropriar-se dos objectos para fins taxonómicos, tem cada vez mais […]
dado lugar a uma entidade aberta sobre o meio […]. A revolução museológica do nosso
tempo - que se manifesta pela aparição de museus comunitários, museus 'sans
murs', ecomuseus, museus itinerantes ou museus que exploram as possibilidades
aparentemente infinitas da comunicação moderna - tem as suas raízes nesta nova
tomada de consciência orgânica e filosófica» (Director
Geral da Unesco, Frederic Mayor, na abertura da XV Conferência Geral do ICOM in
Cadernos do Centro de Estudos de Sociomuseologia. Sobre o conceito de
Museologia Social.- Mário Moutinho (coord.). Lisboa: ULHT, 1-1993. - Cf. https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/467 )
Poderiam
os museus na atual situação pandémica pôr-se à disposição do Estado e da
Sociedade, na cedência dos seus recursos, sabendo que muitos museus, sobretudo
neste tempo, têm recursos não utilizados, ou pouco aproveitados? A nossa
resposta é sim.
002 Logótipo da Organização Mundial de Saúde - OMS ; 003 União Internacional de Telecomunicações
Quarteis
ou ex Quarteis, Museus e Fundações com salas de workshop, espaços de aluguer, fóruns,
auditórios, corredores, halls, pátios, logradouros, espaços de exposições temporárias,
garagens e outras áreas que não ponham em alto risco a segurança das pessoas e dos
acervos, poderiam ser aproveitados nesta altura.
004 Museus da Politécnica
Seria
uma oportunidade para estas Organizações demonstrarem que trabalham com e para
as pessoas; que são capazes de solidariedade e empatia com as populações nos
momentos difíceis; que conseguem operar com ideias e conceitos, dispensando, em
muitos casos, as peças tridimensionais e tradicionais para comunicarem com os
públicos.
Para a Museologia Social a
vertente funcional de comunicação e relação com as populações é tão ou mais
importante do que outras funções museológicas de prospeção, aquisição,
incorporação, estudo, organização, preservação, conservação curativa e
restauro.
005 União Postal Universal UPU
Oferecer
instalações e serviços para situações críticas, nomeadamente os museus do Estado
e de Fundações seria um acto de solidariedade, bom senso e até de promoção;
pela difusão do nome institucional, pela oportunidade para divulgar documentos,
conteúdos informativos e peças.
Um
hospital de campanha em espaços museológicos implicaria algumas mudanças e preservação
de instalações mas poria em prática uma política museológica virada para a
Sociedade.
006 CTT imagem emblema, séc. XX
Haveria
um acréscimo de projetos, e/ou uma pausa para repensar programas e ações,
demonstrando que a organização museológica é capaz de se adaptar e reorganizar,
mediante alterações acidentais de percurso, como é a atual situação de crise provocada
pela pandemia.
As
exposições e o programa «Do Museu ao Bairro» nas quais participaram a Câmara
Municipal de Lisboa, o Museus das Comunicações, entre outros museus e
organizações olissiponenses demonstraram que são capazes de fazer museologia social.
007 Fundação Portuguesa e Museu das
Comunicações
Cremos
que em situação de crise como a actual, estarão à altura, desde que trabalhem
com os conceitos museológicos adequados.
Um
caso, só para dar um exemplo, do Museu das Comunicações (poderíamos indicar
outras fundações e museus, entre os museus de arquitetura modernos, até aos que ocuparam e
ocupam antigos conventos e quarteis). O Museu / Fundação Portuguesa das
Comunicações, a Fundação Gulbenkian, Museu da Cidade, museus de autarquias, de
farmácia, de hospitais, etc. poderiam oferecer instalações menos aproveitadas
nestes tempos em que não há visitantes e os trabalhos estão reduzidos.
Nos
espaços bem aproveitados, além de poderem instalar hospitais de
campanha, ainda seria exposta, na altura ou no após pandemia, uma seleção de
peças relacionadas com o tempo de outras pandemias. Demonstrariam como as organizações
e as tecnologias fazem parte do combate e assistência, comunicacional e
curativa, evidenciando daí fontes de esperança para as populações.
Peças
de correio, filatelia, telégrafo, telefone, rádio, televisão, arte; defesa,
investigação, educação, farmácia, medicina, bombeiros, organização do
território e autárquica, entre outras atividades participantes no combate às
pandemias seriam expostas.
008 Câmara Municipal de Alenquer
Se
necessário, as organizações e museus que oferecessem instalações ou outros
recursos ganhariam projeção de imagem; seriam compensados pelas despesas efetuadas
nas remodelações de instalações adaptadas a situações de emergência de saúde pública
e sua reversibilidade quando já não fossem necessários. Sem empatia e
comunicação ao serviço das pessoas não há museus nem museologia social.
009 Logótipo do Movimento Internacional para
Uma Nova Museologia
Palavras-chave:
covid-19, museologia social, pandemia
Gentileza
das imagens: 001, 002, 003 UNESCO \ OMS \ ONU; 005, 006, e 007 Fundação Portuguesa das
Comunicações / Museu; 004 e 008 Arquivo pessoal AA; 009 MINOM ICOM Portugal.
V.
outras fontes nas seguintes entradas:
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