Tal como o nome indica;
proveniente do grego museion (museu)
+ logia (logos, conhecimento) - é uma
disciplina que divulga saberes da instituição museu, sua organização, desde a
definição da missão, os projetos e ações.
A museologia evoluiu muito a
partir dos anos 60`s (século xx). De tradicional, maioritariamente elitista,
torna-se em social e democrática. Trata de conhecimentos relativos ao Homem / Humanidade e suas manifestações culturais.
A nova museologia, também dita
museologia social, torna-se numa disciplina ou ciência que promove e participa no
concreto, nos problemas das sociedades agrícolas, de pastores, de aldeia, de
fábrica, de bairro, de grupos sociais discriminados pelo não ter e pelo ser:
orientação sexual, religião …
A história da museologia,
especialmente a social, desce do estádio olímpico, atinente ao tempo/templo das
musas, ou seja do museion deificado
para reis, filósofos, ou para um curto número de cidadãos das democracias
atenienses ou outras. Passa pelos gabinetes
de curiosidades para a educação dos príncipes e das elites. Vai ao encontro
dos problemas educativos, especialmente da educação não formal. Assume a
vertente organizadora, documental e conservadora.
Não menos importante é a matriz
comunicadora da nova museologia, abraçada pelos museólogos, populações e
colaboradores para fazerem passar as mensagens e os conhecimentos com registo mais
eficaz no intelecto/memória/coração (cor + ação), do que através de qualquer
outro médium, visto que a nova museologia social/integral insiste/persiste
(isto é, faz morada afetiva) na e com a comunicação.
A museologia social, melhora a qualidade
do “aqui e agora” (CHAGAS, 2016), ou
seja, a qualidade fratrimonial,
procurando, simultaneamente, o registo patrimonial do longo prazo.
O novo museu e nova museologia
social são integrais, não só porque integram pessoas mas porque fazem uso dos
vários médiuns para chegar aos fins que
são: a comunicação, a valoração/valorização das pessoas e do meio com que se
relacionam ou poderão relacionar-se.
Pelos novos museus integrais
passam várias tecnologias / vários médiuns,
incluindo os virados à observação / contemplação, isto é, os que contemplam a
relação do Homem com as “peças/objetos” da economia, da ciência, tecnologia,
letras, memórias e afetos.
Em conclusão: a nova museologia,
social ou integral, é um fórum aglutinador de cidadania, de participação,
de fratrimónio, de património e de desenvolvimento sustentado.
Tags: cidadania, fratrimónio,
museologia social, nova museologia, novo museu, participação, património.
Fontes biblio-arquivísticas:
MENSCH, P. - “Museus em Movimento: Uma Estimulante Visão Dinâmica Sobre Interrelação museologia-museus”, Cadernos de Sociomuseologia, nº 1, 49-54, 1990
MOUTINHO, Mário. - “A construção do objeto museológico”, Cadernos de Sociomuseologia, nº 4, 1994
PRIMO, Judite - “Museus locais e Ecomuseologia: Estudos do Projeto para o Ecomuseu da Murtosa2000”, in Cadernos de Sociomuseologia, nº 30
Fontes em linha, consultadas em 17.09.2016:
ANCIÃES, Alfredo Ramos – 88.Museologia em Acção (Tradicional Nova e Social) --- . 89.D `O Nome da Rosa` Aos Padrões de Memórias: Conservadas e Acesas --- 90.Museus Museion Musas e Epopeias em Um Contexto --- 91.Portugal Social Museal --- 92. Museu em Acção: O Novo Museu é um Museu Integral --- 93.Ritos e Contos Também Entram na Museologia Social em Acção --- 94.Arte e Novas Musealidades, http://cumpriraterra.blogspot.pt/
ANTUNES, Manuel de Azevedo – “Pelos Caminhos da Museologia em Portugal“ Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR, Penedo, Número Especial, p. 142-156, out. 2015, Também disponível em https://www.academia.edu/16918796/Pelos_Caminhos_da_Museologia_em_Portugal ; http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur
GOMES, Maria de Fátima Figueiredo Faria - O Museu Como Vetor da Inclusão Cultural, http://www.museologia-portugal.net/files/upload/mestrados/maria_fatima_farias.pdf
QUEROL, Lorena Sancho – “Para Uma Gramática Museológica do (re)Conhecimento: Ideias e Conceitos em Torno do Inventário Participado” Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vol. XXV, 2013, pág. 165-188, 2013; também disponível em http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/11484.pdf
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