sexta-feira, 29 de junho de 2018

011 Museu é memória


(Minhas definições de museu. Descrição nº 11)

São cinco tradicionais sentidos (residentes nos olhos, nariz, boca e ouvidos, todos na face ou próximos. O 5º, o do tacto reside essencialmente nas mãos). Todos estes sentidos proporcionam memórias, no entanto acrescentamos as recordação dos afectos, a intuição, a aritmética e a computação que proporcionam a capacidade para podermos utilizar a tabuada e fazer cálculos de cabeça, isto é, desprovidos dos equipamentos auxiliares da memória: 
 Museu é reconhecimento.

 O conceito de memória deriva da musa semi-deusa Mnemosyne da qual resulta o termo memória. Museu é também a representação e a evocação. Um exemplo repetido dezenas de milhares de vezes ao dia tem momento alto na expressão:

«Fazei isto em memória de Mim» (1 Coríntios; Lucas 22:19)

 É interessante notar que a memória celebrada evoluiu de uma semi-deusa para um Deus, que é uno e trino (singular e plural); que passou do feminino (Musa) para o masculino (Pai, Filho e Espírito São), tal como a sociedade se tornou patriarcal e patrimonial. Contudo o resgate da memória permitirá reequacionar os conceitos.
  A memória trará ao de cima as Mães, em paralelo com o Pais, os Filhos e os Irmãos, todos envolvidos no mesmo Espírito.
  A memória e o museu com outros sistemas de registo: arquivos, bibliotecas; memórias orais individuais e sociais serão factores niveladores e libertadores.
   Que as memórias ganhem luz na chama dos bens culturais e fratrimoniais é o desiderato dos profissionais e responsáveis pelos museus e novas museologias.


Tags: conceito, memória, museologia, museu

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