Com esta
capicua interrogo(me). Os Museus e a Museologia são para Gente Velha?
Museologia
é uma receita para o conhecimento e a prática da cidadania.
“Jovem, os Teus Pensamentos
São o Teu Jardim
Se pudesse dar-te um conselho,
Jovem [de qualquer idade]que me lês,
Esse seria o estímulo,
A proveitosa lição
De muita experiência
Que procuraria transmitir-te.” […]
(«Viagens no Meu Jardim» / Augusto de Castro)
Museus clássicos e territórios ecomusealizados:
O que entendo
como Museologia Social (*) em Acção?
É uma
teoria, uma ferramenta e uma prática. Convive com os valores da cidadania e da participação
das populações. É ciência porque de ciências múltiplas se serve; também de artes
e letras. Museologia Social em Acção é como um plasma, composto de conhecimentos
vários. Destina-se aos mais e aos menos jovens. Não tem limites em termos de
idades.
A mente precisa de ocupação;
Como o corpo necessita de acção.
A Museologia
tem-se revelado como uma das formas de inclusão social, de interpretação e também
de gestão dos acervos de interesse comum: quer sejam materiais ou imateriais;
Os museus tradicionais
com suas administrações, não foram, e não são, instituições inteiramente inócuas.
Serviram, e servem, objectivos dos seus criadores, instituidores e
financiadores. A Museologia Social em Acção, de cidadania e participação desenvolve
vontades e conhecimentos. Pode ajudar os museus, quer os tradicionais instalados
entre paredes, quer os de território (ecomuseus, museus de
sítio, de aldeia, de município) a prosseguir fins sociais e comunitários.
No século
XX assistimos à expansão do número de museus, ecomuseus, bibliotecas, arquivos,
centros de interpretação, de documentação e informação; parques, jardins e demais equipamentos
públicos, mormente de carácter local.
A Museologia
Social em Acção funciona como um chapéu agregador: de vontades, meios e
equipamentos. Os conhecimentos desta disciplina habilitarão para práticas sociais
participadas, desenvolvendo capacidades de
gestão, relação, saberes e saberes-fazeres. Incentiva desafios e vontades para
os vencer.
……………………………….
(*) Título aqui recriado a partir dos pensamentos de «Museologia
Social» surgidos após as últimas décadas do século XX, onde destaco: Alfredo
Tinoco, André Desvallées, António Nabais, César Lopes, Fernando Moreira, François
Mairesse, Georges
Henri Rivière, Henrique Gouveia, Graça Filipe, Hugues
de Varine, Manuel Antunes, Maria Célia Santos, Mário Chagas, Mário Moutinho, et al.
-ANCIÃES, Alfredo Ramos
– Fundação das Comunicações/Museu: Subsídios
para uma Abordagem Sistémica e Definição de Projectos. Lisboa: ISMAG –
Instituto Superior de Matemáticas e Gestão / U. Lusófona, 1993; 88pp ; ------- Subsídios para uma Prática Museológica: Da Incorporação à Exposição. Lisboa: ISMAG - Instituto Superior de Matemáticas e Gestão / U. Lusófona, 1993; 132 pp.
-ANTUNES, Manuel de
Azevedo – “Pelos Caminhos da Museologia
em Portugal“. Revista Iberoamericana
de Turismo- RITUR, Penedo, Número Especial, p. 142-156, out. 2015.
Em linha –
-ANCIÃES, Alfredo Ramos – Museus Arquivos Bibliotecas: Produtores
Gestores de Informação e Documentação http://cumpriraterra.blogspot.pt/2016/06/77-museus-arquivos-bibliotecas.html ------- Para uma museografia com objectos descartáveis. Cadernos de
Sociomuseologia nº 08 (1996): Actas V Encontro Nacional Museologia e Autarquias
CM Lisboa http://recil.grupolusofona.pt/handle/10437/1789
-DESVALLÉES,
André; MAIRESSE, François; Graça Filipe / ICOM et al - Conceitos-chave
de Museologia http://icom.museum/fileadmin/user_upload/pdf/Key_Concepts_of_Museology/Conceitos-ChavedeMuseologia_pt.pdf
-INFOGLOBO Comunicação e Participações S.A - Celebridades gravam áudio-guias para museus
e pontos turísticos http://oglobo.globo.com/boa-viagem/celebridades-gravam-audio-guias-para-museus-pontos-turisticos-15202563
-SANTOS, Cláudio – Museologia
Social: a Formação de um Conceito http://ensaiosmuseologicos.blogspot.pt/2011/08/museologia-social-formacao-de-um.html
-UNESCO, et al – Sobre
o papel dos Museus […] Mesa Redonda de Santiago do Chile. Santiago do
Chile, 1972 https://www.google.pt/?gws_rd=ssl#q=mesa+redonda+de+santiago+do+chile+1972
Afredo Anciães
ResponderEliminarQuem gosta e pratica cultura, a museologia é muito importante, para se poder rever o passado e nos admirarmos com o poder do homem. Ao mesmo tempo pode estimular mentes a prosseguir na construção de uma mundo cada vez melhor. Como disse alguém: "se não for para nós, é para os netos".
Abraços de amizade.
Afredo Anciães
ResponderEliminarQuem gosta e pratica cultura, a museologia é muito importante, para se poder rever o passado e nos admirarmos com o poder do homem. Ao mesmo tempo pode estimular mentes a prosseguir na construção de uma mundo cada vez melhor. Como disse alguém: "se não for para nós, é para os netos".
Abraços de amizade.
Caro Amigo Daniel na tua qualidade de escritor e editor em Filatelia tens praticado, de algum modo, a Museologia. Sendo esta disciplina uma ciência de ciências, artes e letras, permite várias colaborações. A Filatelia, p. ex. ligada ao Museu das Comunicações pode ser uma outra forma de intervenção.
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ResponderEliminarCarla Miguéns
Carla Miguéns Não! São, entre outros, para "almas românticas"!
Não gosto · Responder · 1 · 4 h
Alfredo Anciães
Alfredo Anciães ROMÂNTICAS de preferência. É para todos. Numa BOA Exposição todos podemos aprender e Duma inteligente COOPERAÇÃO todos podemos fruir, Em democracia não importa tanto o perfil social, económico e psicológico. Todos podemos aprender e participar.
Alfredo Anciães
ResponderEliminarOS MUSEUS SÃO PARA AS ALMAS ROMÂNTICAS CONFORME DIZ A PROF. CARLA MIGUÉNS ?
Sim, são para os que estão apaixonados pela vida.
Em Democracia os museus são ou deveriam ser para TODOS.
Numa BOA exposição, todos podemos aprender e duma inteligente COOPERAÇÃO todos podemos fruir.
Não importa o perfil social, económico e psicológico. Todos temos ou deveríamos ter o direito de participar nos museus locais de interesse social e comunitário.
Os museus trazem vantagens sobre os que não estão apaixonados e sobre os que não gostam de projectos/acções e exposições.