Aquilino Gomes Ribeiro tornou-se
numa figura carismática pela sua postura cívica em defesa do Homem comum
sofredor e sujeito a arbitrariedades dos poderes. Em 1963 preparalham-lhe uma homenagem
pública em várias cidades, coincidindo com o cinquentenário da edição de O
Jardim das Tormentas. Porém, morreu subitamente sem apreciar quanto lhe
estavam reconhecidos.
“Se é certo que levantava certos
obstáculos de legibilidade […]” muito por causa das modas francesas e inglesas
que desprezaram o vocabulário clássico, o ibérico e o regional, o Centro de
Estudos Aquilinianos promoveu um Glossário Aquiliniano para facilitar a leitura entre a comunidade que
se havia acostumado demasiado ao estilo francófono e anglófono (1).
As
suas narrativas são geralmente de linguagem castiça,
entrelaçada com o clássico e simultaneamente indiferente aos estilos
literários do modernismo e neorrealismo correntes.
Algumas frases que nos parecem
pertinentes em relação ao escritor e homem cívico:
“O que o homem mais aprecia
acima de grandezas, glória, amor, acima do seu próprio pão para a boca, é a
liberdade....” ;
“Cultivem a
inquietação (2) como fonte de renovamento.”;
“Aquilino é o nosso escritor mais emblemático do séc. XX”;
“Razão mais do que suficiente para a
trasladação” para o Panteão Nacional. (Jerónimo Costa) (3);
“É um inimigo do
Regime. Dir-lhe-á mal de mim; mas não importa: é um grande escritor” (António
de Oliveira Salazar).
“Conheci Aquilino
Ribeiro, de quem me prezo de ter sido amigo e de quem continuo, cada vez mais,
com o passar dos anos e as sucessivas leituras, rendido admirador”. (Mário
Soares).
“A força plástica e musical do mundo aquiliniano é
admirável. A serra portuguesa, a aldeia patriarcal, o rebanho transumante,
vivem nos seus livros como a vida flamenga e holandesa nos quadros dos grandes
pintores dos Países Baixos”. (Vitorino Nemésio).
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(1) Existem hoje em dia
diversas ferramentas/dicionários, incluindo no Google que nos apresentam os significados de quase todos os termos menos conhecidos.
(3) Jerónimo Costa é
colaborador da Revista de Arte e Crítica de Viseu; Membro/Regedor da Confraria
Aquiliniana; Colaborador da Revista “Letras Aquilinianas”.
Cf.
Aquilino Ribeiro in http://www.infopedia.pt/$aquilino-ribeiro, acedido em 1.4.2013; http://moimentananet.blogspot.pt/2010/09/fundacao-aquilino-ribeiro-gestao-podera.html,
acedido em 24.01.2013; . http://crebipedia.wikispaces.com/Aquilino+Ribeiro; http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/793088-%C3%A9-mesmo-sentir-pensar-kant/#ixzz2PtNa2XSI, acedidos e resumidos em 8.4.2013.
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