Tinha na minha mentalidade que, se não me
apresentasse para o serviço militar era como um ato de traição à
Pátria e uma injustiça para com os meus concidadãos. Os meus pais haviam-me
comunicado que a GNR perguntara por mim após a falta à chamada nas inspeções
realizadas na sede do concelho. O edital nos lugares habituais não deixava
dúvidas. Todos os mancebos na minha idade eram chamados.
Encontrando-me no departamento noventa e um,
próximo de Paris, a tal distância de casa, na posse de todos os documentos para
residir e trabalhar em França, ninguém me obrigaria a regressar à minha Terra.
Mas o sentimento patriótico, um certo fascínio para conhecer “outras terras,
outras gentes e outras leis”, como quem diz, outros costumes (1) não me
permitiram ficar instalado, nem sequer pelo medo de uma mobilização, quase certa,
para as terras do ultramar.
Decidi, pois, apresentar-me para ser submetido à
inspeção. Já o deveria ter feito na altura regulamentar, na primeira metade do
ano de 1970, no entanto adiei para o tempo frio. Sempre eram uns dias em que
evitava trabalhar durante as intempéries de dezembro/janeiro. O Natal e a
família, também exerceram influência, para que me apresentasse na época
festiva no Regimento de Infantaria nº 14 de Viseu.
Depois de realizada a inspeção e como não sabia
quando me iriam chamar para iniciar a recruta, resolvi voltar a França. Findas
as festas de Natal/Ano Novo, a viagem de retorno a Paris foi, para mim, sem
problemas de maior. Porém, o meu colega de viagem – o saudoso, amigo e vizinho
- António Proença também foi abordado pela PIDE (Polícia de Investigação e
Defesa do Estado) entre Vila Franca das Naves e Vilar Formoso. Disseram ao
António que o passaporte ficava com eles. Era preciso um documento especial do
Distrito de Recrutamento ou um carimbo de intenção de regresso a França que no
passaporte do António não constava. Informaram-no que ao chegar a Vilar Formoso
teria de sair do comboio com as malas e apresentar-se no posto da polícia da
gare, o que não fez. Ambos decidimos prosseguir viagem e elaborámos uma
estratégia para conseguirmos chegar ao destino (2), mesmo com a falta dos ditos
documentos.
De novo em França recomecei a trabalhar, até que
fui chamado para comparecer no RI14 (Regimento de Infantaria nº 14). Regressei
em abril, tendo sido incorporado em 3 de Maio de 1971.
Na página 5 do passaporte, lado direito, consta um
carimbo da embaixada de Paris onde pode ler-se “Le titulaire de ce passeport a
l`intention de renter en France oú il a son domicile” e na página 9, lado
direito, são visíveis dois carimbos da PIDE
Em 6 de Julho de 1971, já aprovado na recruta,
apresentei-me no Batalhão de Caçadores nº 10, em Chaves, para frequentar a
especialidade que decorreu entre esta data e setembro.
Uma
viagem de fim-de-semana
O dia principal das festas na minha aldeia, em
honra do Divino Senhor dos Passos, é no primeiro domingo de setembro. Acontece
que nessa data, e visto estarmos próximos do fim da especialidade, os militares
da minha região resolveram não requerer licença para passar esse fim-de-semana
na Terra, visto que as viagens eram caras. Como eu não quis faltar à festa
viajei sozinho, de Chaves às Terras do Demo e de Magriço, uma quantidade enorme
de quilómetros, onde os transportes públicos eram escassos e era preciso
mudar várias vezes.
Saí do quartel na tarde de sexta-feira, depois de
obtida autorização. Até à Régua apanhei transporte público, onde cheguei já de
noite. Tomei uma boleia para Lamego onde havia as festas de Nossa Senhora dos
Remédios mas não me detive na folia. Prossigo o caminho a pé. Faltavam ainda
quase 70 km. Ao pedido de boleia parou uma camioneta carregada de peles de
animais. A cabina ia cheia e a carga era alta.
-Vai para Moimenta da Beira, pode dar-me uma
boleia?
-Só se quiser ir em cima da carga, como vê aqui na
cabina já não há mais lugar e olhe que não chegamos mesmo a Moimenta, ficamos
ali pela Granjinha!
-Aproveito, sim, e agradeço.
Subo para a carga. O cheiro a defunto das peles
ainda em curtimento era quase irrespirável. Apeteceu-me desistir mas digo para
mim – tens de aguentar; faz de conta que já andas na guerra e tens de estar
preparado para tudo.
Com a aceleração do veículo a situação tornou-se um
pouco menos incómoda. Até que chegámos ao destino, para onde se dirigia a
camioneta, a farda cheia de pelos e gorduras. Contudo deu para avançar cerca de
20 km. Daí para Moimenta prossegui a pé, noite fora.
Pelo caminho magicava coisas, entre as quais, se
não apanhasse mais boleias, alugava um táxi em Moimenta. Os 25 km que restavam
já ficavam relativamente em conta, embora na tropa, o dinheiro do ordenado
(chamado pré) de um mês inteiro, auferido entre a recruta e a
especialidade, não chegasse para comprar uma simples sandes.
Já passava da meia-noite e não havia vivalma
levantada na vila. Não tive outra solução senão prosseguir a pé. Chego perto do
Alto de São Francisco, a cerca de 20 km de casa e sinto um carro. Fiz sinal de
pedido de boleia. O carro parou.
-Sou da Beselga,
se for para os lados de Penedono ou Sernancelhe, agradecia uma boleia.
-Olha! É o filho do senhor Afonso?
-Sou, sim senhor.
-Eu sou o Joaquim Patrício (3) e acho que já nos
conhecemos de outros tempos.
-Pois já. Recordo-me perfeitamente. Estou aqui de
novo, após cerca de três anos. Vim para o serviço militar. Saí esta
tarde de Chaves para ir à festa da Beselga.
Em Lisboa
Chegámos na madrugada do dia 6.10.1971 a Santa
Apolónia e ao cais de Alcântara. Deram-nos o pequeno-almoço, ali mesmo, no
próprio cais. Algo confusos com a situação inusitada; alguns militares parece
que nunca tinham vindo a Lisboa, nem visto Tejo e mar. O movimento do cais com
o Niassa a aguardar, a tripulação a organizar e ultimar movimentações;
familiares, amigos e mirones geravam um ambiente menos propício à descompressão
que tanto necessitávamos. Enfim o Adeus, cerca do meio-dia de 6.10.1971
Tanta emoção, ali à beira de onde Lisboa e Portugal
ficam, tradicionalmente, a “ver navios” partir para Terras longínquas!
O Paquete Niassa
Frequentemente designado por Paquete, este navio
fazia jus à descrição. Associado essencialmente ao transporte de mercadorias em
pacotes, daí a designação Paquete, do inglês packt, transportador
de pacotes, malas de correio e contentores, mais do que passageiros.
Finda a guerra, consta que o Niassa ainda sobreviveu
à extinção do Império territorial por mais cinco anos, tendo sido vendido para
Bilbau, no País Basco, em 1979, para ser desmantelado.
Embarcámos mais de um milhar de pessoas, entre
tripulação e militares. A Companhia C.Caç.3465 a que eu pertencia viajou no
porão da proa, em condições que fazia lembrar o transporte de escravos. As
camas em tipo camarata com umas espumas rotas e incompletas a fazer de
colchões, onde se desenvolviam micro-organismos.
Não sendo suficiente martírio, a 11 de Outubro o
navio incendiou nos porões da frente. Íamos com destino à primeira escala que
seria em Luanda mas foi preciso desviar, do alto mar, para a Guiné. A
tripulação esforçou-se para extinguir o fogo que laborava, entre carros de
guerra e outros bens. Foi dito na altura que teria sido provocado por ato de
sabotagem de bomba-relógio por parte de oposicionistas ao regime de
Salazar/Caetano, também designado Estado Novo. Contudo parece que a suspeição
nunca se confirmou. Passámos a noite inteira no exterior, com os coletes de
salvação colocados, obedecendo a ordens: “atenção, sete passos à lateral
direita; cinco passos à lateral esquerda, etc.” para ver se equilibrávamos o
barco. Mas as vagas e a água introduzida com mangueiras faziam o
Niassa inclinar-se. Assim passámos a noite de vigia e contrapeso para o lado
contrário ao da inclinação.
Bissau
O pequeno-almoço ocorreu no porto de Bissau, depois
da noite tenebrosa. Estávamos todos em estado de alerta para o que pudesse
acontecer. Quando o navio atracou, lançou as âncoras, que deslizaram através de
grossas correntes de aço. Ouviu-se um grave barulho. O barco está a
desfazer-se e a afundar – pensámos! Os militares saltavam por cima dos bancos e
das mesas. Viam-se pães e canecas pelo ar. Mas afinal não era nada de anormal.
O que estava era toda a gente de sobreaviso, pensando no pior, devido à noite
em alvoroço.
O pessoal acalmou-se com a informação dos
tripulantes, de que não havia perigo de segurança.
-Calma são
só as âncoras a ser lançadas. O barulho é das correntes a deslizarem.
Tomado, ou desfeito, o pequeno-almoço, fomos
conduzidos para camiões em direção ao quartel de Bissau, enquanto o navio era
limpo e inspecionado. No trajeto, um dos camiões bate noutro, mas penso que não
houve feridos. A viagem prosseguiu. Chegados ao quartel, não havia camas. A
maioria dos militares ficou instalada nos corredores, sobre o cimento, conforme
o incêndio nos havia surpreendido: Em chinelos, em calções, sem calças ou
sem camisas, sendo que muitas das malas pessoais ficaram inutilizadas pelos
jatos de água que os tripulantes-bombeiros injetaram para dentro dos porões.
De noite ouviram-se explosões um tanto abafadas
pela lonjura. Soldados locais disseram-nos que eram ataques a aquartelamentos.
Sensação estranha, por ser a primeira, ainda a milhares de milhas e de
quilómetros do nosso destino.
Da ameaça de tragédia ao nascimento de um hino que
ainda nos arrepia
Não sei quantas Companhias militares terão um hino
mas não serão muitas. A avaliar pelas pesquisas que fizemos na net, é quase
seguro, que a Companhia C.Cac.3465 foi a que realizou um hino mais precoce, sem
por isso significar, em minha opinião, falta de qualidade na expressão
musical e no sentimento genuíno. O hino nasceu da natural e dura experiência
em alto mar.
(refrão)
À beira da morte
No meio do mar
Sozinhos, sem ninguém
Para nos poder salvar
Lá vem o velho Niassa
Navegando lentamente
Entre espuma densa e branca
Deste mar acidentado e revoltado
Que nos atormenta
(refrão bis)
À beira da morte
No meio do mar
Sozinhos, sem ninguém
Para nos poder salvar
Ena que grande alarido
Faz a malta revoltada
O alarme já foi dado
O Niassa anda a arder e faz sofrer
Tanto soldado
(refrão bis)
À beira da morte
No meio do mar
Sem nada nem ninguém
Para nos poder salvar
A música do hino é de Maria Ostiz na versão galega
de “N`aveiriña do Mar” (4) então em voga em Espanha e muito bem adaptada
pelo 1º Cabo Mecânico - Aurélio Figueiredo Marcelino que foi o autor da letra.
Marcelino juntou-lhe ainda os melódicos acordes saídos do seu instrumento de
cordas que tantas vezes nos animou. A memória musical de Marcelino e a
reinterpretação melódica de Maria Ostiz parece ter sido uma
providência para aquele momento.
O coletivo da C.Caç.3465 depressa decorou e adotou
música e letra, o que permitiu que o hino se tornasse em ex-libris para os
momentos de festa, saudade e convívio.
A ideia do lema da nossa Companhia “Doa a Quem
Doer” também nasceu em viagem no Niassa. Uma vez mais o Cabo Marcelino, ao
saber pelo Comandante da Companhia Jaime Marreiros que íamos para uma
localidade chamada Doa, depressa associou Doa a:
- Vamos para Doa meu Capitão? Então vamos «Doa a
Quem Doer»”.
Luanda
Em grupos fruímos o tempo que nos restava em
ambiente urbano. Nessa tarde/noite explorámos o mais possível, bairros e bares.
A maioria deslocou-se para as zonas do mulherio. Pareciam os últimos momentos
em paz e ambiente urbano. Havia que aproveitar.
Em breve deixámos o cais de Luanda, depois da
escala onde houve descarga de bens, alguns inúteis, depois do fogo a bordo (5).
Lourenço Marques
Tal como em Luanda, foi permitida a saída do
Niassa. O pessoal dirigiu-se maioritariamente para os bairros e bares de
diversão. Mais uma vez se aproveitou para fruir o mais possível.
A entrada para o recolher na embarcação foi marcada
para antes da meia-noite. Contudo sabemos de uma situação em que estando
próximo do termo da hora estipulada, faltava um militar, o que obrigou
outros a percorrerem um bairro inteiro, procurando e chamando pelo militar em
falta. Até que subitamente o camarada sai de uma casota. Foi difícil conter a
fúria de alguns soldados quando souberam que o atraso foi apenas motivado por
mais um pouco de prazer dando largas ao Eros. Houve alguma contenção no
grupo, quando o prevaricador se dispôs a pagar as viagens de táxi, do
bairro até ao porto, para todos os elementos envolvidos na procura.
Constatou-se ali mesmo, o valor da camaradagem e da
responsabilidade. Todavia houve um grande susto. Chegou-se a pensar que o
inimigo atuava na cidade e fizera desaparecer o colega fardado.
Reembarque no dia seguinte para a Beira, onde já
não houve tempo para conhecer a cidade. Segue-se a viagem de comboio. Novamente
o transporte a vapor, da Beira até Doa, já no distrito de Tete, um
dos locais mais quentes de África. O ar parecia rarear e sufocar. A
fuligem do carvão expelido pela máquina a vapor completava o cenário, entre uma
paisagem de terra barrenta, onde se levantavam, aqui e ali, pirâmides
de formigueiros de tonalidade ocre que mais pareciam ser obra
humana, dos deuses ou do Criador.
O ano da capicua
Faz agora, em 2015, 44 anos, uma capicua,
contada desde a mobilização e embarque em 1971 e que representa um dever
cumprido para todos os camaradas vivos, bem como para os que, segundo a lei da
vida e da esperança, já se encontram na proteção do Altíssimo.
Temos hoje a perceção de que o Império se
extinguiu; lançaram-se, porém, as sementes para as novas Pátrias lusófonas no
respeito e na amizade entre Portugal e as novas Nações.
Agradecimentos: Aos 1ºs Cabos: Marcelino, Nóbrega, Pires,
Ribeiro e Teixeira pela ajuda na recordação de episódios.
Notas:
(1)Penso que os dois seguintes pensamentos de
Camões refletem muito o pensar português até ao 25 de Abril de 1974.
”[…] Que pelo mundo todo faça espanto
De exércitos e feitos singulares,
De África as terras e do Oriente os mares”.
(Camões, Os Lusíadas, Canto I, estrofe 15,
versículos 6-8)
&
”Fortíssimos consócios, eu desejo,
Há muito já, de andar terras estranhas,
Por ver mais águas que as do Douro e Tejo,
Várias gentes e leis e várias manhas.
Agora que aparelho certo vejo,
Pois que do mundo as cousas são tamanhas […]”.
(Camões, ob. cit. Canto VI, estrofe 54, versículos
1-6
(2)Cf. Anciães, Alfredo - Pequenas Histórias em
Memoriam de António in http://comunidade.sol.pt/blogs/alfredoramosanciaes/archive/2010/03/10/PEQUENAS-HIST_D300_RIAS-In-MEMORIAM-de-ANT_D300_NIO.aspx
(3)O nome é fictício. Trata-se do primeiro passador
que me levou para França em janeiro de 1968, sendo na altura, menor de
idade. E ser Passador de gente, mormente em prévia idade, era muito grave. Implicava responder judicialmente, ficar com o registo criminal manchado e, possivelmente, anos de cadeia. Havia portanto que ser cauteloso na
abordagem de nomes e nas conversas acerca das chamadas "passagens a salto".
(4) Veja música de OSTIZ, Maria in https://www.youtube.com/watch?v=SOMXpoX45hA
(5)Quanto aos camaradas que tiveram a infelicidade
de ficar sem os pertences pessoais, verificou-se a máxima militar de
desenrasque e solidariedade, recorrendo a roupas e materiais emprestados pelos
colegas e sobrevivendo com menos do que seria normal. Só passados vários meses
é que a situação ficou totalmente reposta no que se refere à distribuição de
fardamentos desaparecidos ou inutilizados no desastre do Niassa.
Tags:
Amizade, Camaradagem, C.Caç.3465, Minhas memórias, Moçambique, Pátrias da Lingua
Lusa, Museologia social, Paquete Niassa, Viagens
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Fontes:
-GALVÃO, Henrique - Outras Terras, Outras Gentes”,
obra em 2 volumes. Porto: Livraria Castro e Silva, ca. 1942/1947
Em linha:
-ANCIÃES, Alfredo - Pequenas Histórias em Memoriam
de António in http://comunidade.sol.pt/blogs/alfredoramosanciaes/archive/2010/03/10/PEQUENAS-HIST_D300_RIAS-In-MEMORIAM-de-ANT_D300_NIO.aspx
-GRAÇA, Luís et al. - Cartas de Amor e
Guerra - http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2013/01/guine-6374-p10910-cartas-de-amor-e.html
-OSTÍZ, Maria in https://www.youtube.com/watch?v=SOMXpoX45hA
-PIRES, António - O que aconteceu ao Navio Niassa
in http://ultramar.terraweb.biz/Esclarecimento_JoaquimMartins_NavioNiassa.htm#DGS_
; http://ultramar.terraweb.biz/02autor.htm
Bela história e apesar de tudo bons tempos, que eu também recordo com saudade (estive em Cabo Verde e na Guiné-Bissau).
ResponderEliminarUm abraço amigo
Caro Jorge,
ResponderEliminarHá que destacar a parte positiva de todas as coisas, mesmo nas guerras há aprendizagens e amizades.
Abraço
Fiz parte dessa viagem.
ResponderEliminarEramos do mesmo Batalhão 3865.
A minha companhia era 3466 e fomos psra Estima prrto da barragem fe Cabora Bassa mais tsrde para Chemba pert de Doa e Caldas Chavier onde estava a CCS.
Um abraço e foi bom recordar rsses tempos difíceis e wue não voltam mais.
No próximo dia 27 de maio faremos o nosso almoço habitual.
Desta vez em S. Joao da Pesqueira.
Todos os colegas do Batalhão estão desde já convidados.
Um abraço amigo de Carlos Dias.
Almoço convívio em S. João da Pesqueira? É organizado a nível de Companhia, de Pelotão ou de um conjunto de Amigos. P. S. Eu fui dessa Companhia em Chaves mas mudaram-me, à última hora para a 3465. Gostava de saber mais coisas e, se possível, a lista dos militares da Companhia 3466. Obrigado. Sou de perto de S. João da Pesqueira, do concelho de Penedono. Abraço.
EliminarGostei de ler esta grande e quase trágica aventura,e é curioso que passei pelos mesmos sítios só que depois de si,assentei praça no RI 14 em Viseu eu Outubro de 71 depois fiz a especialidade no RI 6 no Porto terminada a especialidade PEL REC fui mobilizado para Moçambique, tendo ainda passado pelo RI da Amadora onde fiz o ioo tendo embarcado para Moçambique em Maio de 72 a bordo dum voo da TAP com paragem em Luanda, e depois comboio até Tete, pelo caminho apanhamos um comboio que rebentou uma mina em caldas Xavier tivemos que apanhar outro comboio que veio de Tete, chegados a Tete fomos em coluna para a chicoa mesmo junto ao rio Zambeze onde era feita a travessia para a margem esquerda a caminho para o fingué,ficamos na chicoa 18 meses tendo depois rodado para mocuba na Zambézia onde ficamos até Outubro de 74!!Boa sorte camarada boa saúde abraço e obrigado pela partilha!!
ResponderEliminarObrigado, caríssimo. Gostava de saber mais coisas sobre a 3466 da qual eu fiz parte em Chaves mas à última hora mudaram-me para a 3465. Tem os nomes dos militares da 3466 que possa partilhar comigo? Obrigado.
EliminarDigo mudaram-me da 3466 para a 3465. Sou Alfredo Ramos Anciães, natural do concelho de Penedono.
EliminarSou Alfredo Ramos Anciães, autor/editor deste blogue e do poste em epígrafe. Se puderem gostava de saber qual o programa do Almoço convívio em S. João da Pesqueira pela 3466, da qual eu fiz parte em Chaves e à última hora mudaram-me para a 3465. Obrigado para quem me possa / queira responder.
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